Jovem que matou gamer com espada é condenado a 14 anos de prisão

Redação

Jovem que matou gamer com espada é condenado a 14 anos de prisão

A Justiça de São Paulo concluiu, na noite desta segunda-feira (8), o julgamento de um crime brutal que aconteceu em fevereiro de 2021, quando uma jovem gamer conhecida como Ingrid Sol foi assassinada com uma espada por Guilherme Alves Costa, de 18 anos.

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Ingrid Oliveira Bueno da Silva, conhecida no universo gamer como Sol, teve a vida interrompida aos 19 anos pela ação violenta de Guilherme, a quem ela conheceu cerca de um mês antes do crime.

O julgamento de Guilherme já era para ter acontecido em março e em maio, mas foi duas vezes adiado. Nesta segunda, a Justiça o condenou a 14 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel.

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A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou sobre a condenação de Guilherme Costa, após a realização do julgamento popular no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

Diante da crueldade da ação, a maioria dos jurados votou pela condenação do jovem. A sentença foi definida pela juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro.

Deixo de conceder a ele o direito de recorrer em liberdade. As razões que levaram à decretação de sua custódia cautelar persistem, ora reforçadas pela condenação”, disse a juíza na decisão.

A defesa de Guilherme entregou um laudo médico alegando que Guilherme tinha transtornos psiquiátricos e estava em surto quando matou a jovem gamer.

De acordo com o documento, o acusado possui “Transtorno Delirante Persistente e Traços de Personalidade Antissocial, que o levam à “distorção do entendimento da realidade”.

“Guilherme é semi-imputável e é isso que vamos buscar provar no julgamento”, disse o advogado João Marcos Alves Batista ao portal ‘G1’. Ele defende o réu juntamente com os outros advogados William Vinicius Sartório e Fernanda Magnusson.

Caso o júri realmente ouvisse a defesa e considerasse o acusado semi-imputável, ele poderia escapar da condenação que o levará para a prisão e seguiria para tratamento médico em um hospital.

Nessa instituição, ele teria restrição de liberdade como medida de segurança. Entretanto, seria analisado periodicamente por especialistas que poderiam dar alta médica para ele sair ou não.

Entretanto, o Ministério Público solicitou outro laudo mais completo que concluiu que Guilherme não tem nenhuma patologia psiquiátrica. Logo, a Justiça determinou que ele fosse julgado normalmente.

O promotor que acusou o réu, Rodrigo Alves Gonçalves, disse que “o estudante é imputável” e pode responder criminalmente por seus atos.

Ele diz isso baseado no laudo oficial feito por peritos da Justiça em abril de 2021. O documento atesta que Guilherme não tem nenhuma doença mental.

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Apesar disso, a magistrada determinou que o condenado terá que passar por consultas psiquiátricas durante o período em que estiver na cadeia. “Oficie-se à prisão onde está custodiado, com a recomendação de que o condenado seja submetido a acompanhamento médico psiquiátrico no curso do cumprimento da pena“.

Assassinato de Ingrid Sol

Como dito anteriormente, o crime aconteceu em 22 de fevereiro de 2021 na casa de Guilherme, em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo.

Conhecido como Flash Asmodeus no meio dos games, Guilherme Costa conheceu Ingrid Sol em partidas online do Call of Duty: Mobile, jogo eletrônico de guerra e tiro muito popular no mundo todo.

A jovem jogava profissionalmente pelo time FBI E-Sports. Ela conhecia Guilherme há 1 mês quando foi até a casa dele e acabou sendo morta lá. As autoridades não concluíram se havia algum tipo de relacionamento afetivo entre os dois.

Depois de matar Ingrid Sol com uma espada, Guilherme publicou um vídeo na internet em que aparece rindo e admitindo o assassinato.

“Vocês estão achando que é tinta, montagem ou algo do tipo, mas não é. Eu realmente matei ela, entendeu? […] Olha só, que maravilha”, disse Guilherme no vídeo.

Veja fotos de Ingrid Sol e de seu assassino, Guilherme:

Gamer Sol e Guilherme Costa - assassino

O estudante chegou a fugir, mas depois foi convencido pelo irmão a se entregar. Foi o que ele fez, se apresentou em uma delegacia, onde foi preso pela polícia e continua detido desde então. “Eu quis fazer isso”, disse ele na época.

Diante disso, o irmão de Guilherme Costa relatou à polícia que a garotateria atravessado seu caminho e por isso ele a matou.

O condenado escreveu um livro intitulado ‘Meu Dicionário‘ em que supostamente explica em 52 páginas os objetivos do crime. A polícia teve acesso a uma cópia deste livro, que foi anexada ao inquérito.

Na publicação, Guilherme diz queplanejava um ataque contra o cristianismo e que seria um soldado de um exército, tendo ainda asseverado que a vítima teria atrapalhado seu caminho”.

O trecho, em tese, leva à possibilidade de Guilherme ter realmente um plano para atingir ainda outras pessoas. 

Ingrid disputava Call of Duty: Mobile pelo time FBI E-Sports. Já Guilherme jogava em outro time, o Gamers Elite. A polícia acredita que eles tenham se conhecido durante partidas do game online.

A FBI E-Sports se pronunciou após o crime:

“Ela ingressou no nosso esquadrão de meninas e fez muita amizade com os rapazes da line Black Stars, onde ela ficou até o seu final. Ela era uma excelente jogadora, tinha um espaço em nossos corações. Era uma pessoa extraordinária, sempre nos motivando e acreditando. A ligação dela com todos os membros era super boa, super respeitosa, amistosa e educadíssima. Dedicamos a ela nosso respeito máximo, e à família dela, nossos sentimentos e nossas condolências”, informa o comunicado.

A Gamers Elite informou, em nota, que Guilherme enviou um vídeo com imagens da jovem morta no grupo da organização. Os responsáveis informaram as devidas autoridades e pediram que os integrantes do grupo não compartilhassem o vídeo com outras pessoas.

A organização declarou que não compactua com qualquer criminoso de nenhum modo e jamais irá compactuar ou fazer apologias ao mesmo”.

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