O diretor Michael Mann fez sua primeira viagem à Coreia do Sul para participar do Festival Internacional de Cinema de Busan, onde conduziu uma masterclass dedicada a Fogo Contra Fogo (1995). O cineasta destacou que o clássico policial – que neste ano de 2025 completa 30 anos – não deve ser visto como um veículo de estrela, mas como um trabalho de conjunto.
Quando o mediador citou uma entrevista antiga em que Mann teria chamado o longa de “um filme de Al Pacino”, o diretor foi enfático:
Não acho que seja o filme do Al Pacino. É o filme do De Niro, do Val Kilmer, do Jon Voight, do Mykelti Williamson. Foi um conjunto de atores brilhantes e uma das melhores experiências que já tive como diretor.
Conhecido por obras como Colateral e O Informante, Michael Mann frisou que sua motivação principal não estava em “floreios estilísticos”, mas sim em contar histórias autênticas sobre personagens complexos. O diretor também defendeu a longa duração da obra, lembrando que os executivos da Warner Bros. chegaram a cogitar cortes, mas mudaram de ideia após assistir ao resultado final.
O cineasta destacou:
Fogo Contra Fogo foi feito para o cinema, para a tela grande, tanto na escala quanto na construção artística. É nesse formato que se revelam as camadas das atuações e a complexidade dos personagens.
Michael Mann compartilhou detalhes sobre a icônica cena do tiroteio em Los Angeles, explicando que os atores treinaram com munição real em campos de tiro do condado:
Quando o Val Kilmer faz a troca de carregador, aquela filmagem é usada para treinar a Delta Force em Fort Bragg, porque ele é tão rápido e preciso.
Ele também revelou que o som da sequência foi gravado diretamente no local, sem pós-produção elaborada, para manter o impacto realista.
Sobre sua forma de pesquisa, Mann ressaltou:
Quando me interesso por algo, tento me inserir no ambiente real. Quero me aproximar das pessoas que de fato vivem aquilo que quero retratar.
E para os fãs que aguardam ansiosos, o diretor confirmou que Fogo Contra Fogo 2 segue em desenvolvimento ativo:
Espero começar a filmar em 2026. Estamos em meio a orçamento, cronograma e processo de elenco. Interrompi esses preparativos apenas para vir à Coreia.
A força do longa segue evidente. Segundo Mann, após o anúncio da sequência em 2023, a audiência do filme original na Netflix saltou de 1 milhão para 17 milhões de horas, permanecendo entre os títulos mais assistidos do catálogo da Warner Bros. por mais de duas décadas. Com informações da Variety.
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