O primeiro filme de Missão Impossível, lançado em 1996, estava prestes a seguir uma trajetória criativa bem distinta.
A produção quase fez uma conexão explícita com a série de TV que originou a franquia, Missão Impossível, transmitida pela CBS entre 1966 e 1973.
Contudo, uma decisão importante dos bastidores fez com que a franquia tomasse outro rumo, separando-se da série e dando início à uma nova fase.
O papel de Jim Phelps no primeiro filme
Na versão cinematográfica, o personagem Jim Phelps, interpretado por Jon Voight, foi inicialmente retratado como mentor de Ethan Hunt, interpretado por Tom Cruise, sendo um personagem de autoridade dentro da Força-Tarefa Impossível (IMF).
Porém, em um giro surpreendente da trama, Phelps revelou-se como o vilão principal do filme, traindo a equipe e se envolvendo em diversos atos criminosos.
A morte do personagem no decorrer da história parecia selar a transição para uma nova era, em que Hunt e seus aliados seriam os verdadeiros heróis.
Essa reviravolta teve como objetivo manter os espectadores atentos e evitar previsibilidade.
Peter Graves rejeita a chance de retornar
O que talvez você não saiba é que, inicialmente, os produtores tinham planos para trazer de volta Peter Graves, ator que deu vida a Phelps na série de TV original.
No entanto, Graves recusou a oferta de interpretar uma versão vilã de seu famoso personagem no filme.
“Eu simplesmente não estava interessado em interpretar uma versão do Phelps que fosse maligno”, revelou o ator, explicando sua decisão de não retornar.
A recusa de Graves teve um impacto significativo na forma como o filme e a franquia se desenvolveriam.
A presença de um Phelps vilão e a mudança de enfoque para novos personagens ajudaram a franquia a se distanciar completamente da série de TV, criando uma identidade própria para os filmes.
O que poderia ter sido: um universo mais conectado?
A decisão de não seguir com Peter Graves e sua versão vilanesca de Jim Phelps também abriu a possibilidade para uma Missão Impossível mais afastada da série de TV original.
Se o ator tivesse aceitado, é possível que o filme tivesse explorado mais elementos nostálgicos, trazendo de volta outros personagens da série clássica.
Porém, com a saída de Graves, a franquia seguiu seu caminho independente, e, embora o primeiro filme tenha mantido algumas referências, ele inaugurou um novo ciclo para os filmes, que continuaram a se distanciar da produção televisiva original.
Conclusão: Uma escolha que definiu o futuro da franquia
A decisão de Peter Graves de não retornar como o vilão foi crucial para que Missão Impossível seguisse uma trajetória autêntica e se estabelecesse como uma franquia cinematográfica de sucesso.
Ao evitar o vínculo direto com a série, os produtores conseguiram criar uma narrativa própria e manter a essência do que tornou os filmes populares ao longo dos anos.
Com isso, a franquia continuou a inovar, apresentando novos personagens e cenas de ação emocionantes, sempre à frente das expectativas do público.
Missão Impossível hoje é reconhecida por suas acrobacias de Tom Cruise e por sua abordagem moderna, distante da TV dos anos 60 e 70, mas com uma história que nunca esquece suas raízes.
FONTE: ComicBook
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