A confirmação da presença da Mística em Vingadores: Doutor Destino pegou muitos fãs de surpresa — e também levantou uma grande questão: como a personagem pode estar viva se morreu em X-Men: Fênix Negra? A aparição da mutante azul, interpretada novamente por Rebecca Romijn, reacende debates sobre multiverso, linhas do tempo e o verdadeiro papel dos X-Men no futuro do Universo Cinematográfico da Marvel.
A volta da Mística é um dos pontos mais intrigantes do novo filme, justamente porque contradiz diretamente os eventos finais da franquia produzida pela Fox. Em Fênix Negra, a personagem foi morta de forma definitiva por Jean Grey, após ser atingida durante um surto do poder da Fênix. A cena foi tratada como um encerramento dramático para a personagem — o que torna sua presença em Vingadores: Doutor Destino ainda mais misteriosa.
Desde o anúncio do longa, ficou claro que vários personagens clássicos dos X-Men estariam de volta. No entanto, a confirmação da Mística abre um debate muito maior: estamos falando do mesmo universo dos filmes da Fox ou de uma realidade alternativa? Essa dúvida cresce ainda mais quando lembramos que o próprio Deadpool & Wolverine trouxe de volta elementos daquele universo, reforçando a ideia de que a Marvel Studios está reaproveitando essas versões clássicas dos personagens.
A trajetória da Mística no cinema sempre foi marcada por mudanças. Nos primeiros filmes dos X-Men, ela era interpretada por Rebecca Romijn e atuava como braço direito de Magneto. Já na segunda linha do tempo, após Dias de um Futuro Esquecido, a personagem passou a ser vivida por Jennifer Lawrence, ganhando um papel muito mais heroico e central na narrativa. Sua morte em Fênix Negra parecia encerrar definitivamente essa fase — pelo menos até agora.
Uma das teorias mais discutidas entre os fãs é que Vingadores: Doutor Destino apresentará uma versão alternativa da Mística, vinda de uma linha do tempo onde os eventos de Dias de um Futuro Esquecido nunca aconteceram. Essa ideia não é absurda dentro da lógica da Marvel, especialmente considerando que o próprio MCU já trabalha abertamente com linhas temporais ramificadas, como visto em Vingadores: Ultimato e na série Loki.
Nos quadrinhos, esse tipo de situação é comum. Personagens como Cable, Bishop e Rachel Summers são exemplos clássicos de mutantes vindos de futuros diferentes, coexistindo no mesmo presente. Aplicar esse conceito ao cinema permitiria trazer versões distintas dos X-Men sem precisar explicar demais — algo que se encaixa perfeitamente no estilo atual da Marvel.
Outra possibilidade, ainda mais simples, é que o filme simplesmente não se preocupe em justificar a presença da Mística. A personagem pode aparecer como parte de um grupo alternativo de mutantes, possivelmente ligado à Irmandade de Magneto, sem qualquer explicação direta sobre sua “ressurreição”. Afinal, a própria linha do tempo dos filmes dos X-Men sempre foi conhecida por suas incoerências.
O que se sabe é que Vingadores: Doutor Destino promete misturar diferentes versões do multiverso, reunindo personagens de realidades distintas em um mesmo ponto de colisão. E, nesse cenário, a presença da Mística não apenas faz sentido, como reforça a ideia de que o filme será um grande evento de convergência dos universos Marvel anteriores ao MCU.
Seja como for, a volta da personagem certamente não será explicada de forma detalhada. Tudo indica que o público simplesmente verá a Mística em cena — e caberá aos fãs montar o quebra-cabeça. E, convenhamos, essa sempre foi parte da diversão.
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