Morgan Freeman, um dos nomes mais icônicos de Hollywood, voltou a falar sobre o avanço da inteligência artificial e como a tecnologia tem sido usada para reproduzir sua voz sem autorização.
Em entrevista ao The Guardian, o ator foi direto ao ponto e admitiu que está irritado com o uso indevido de sua identidade vocal.
Segundo ele, seus advogados têm trabalhado intensamente para tirar do ar conteúdos falsos que circulam online.
Estou meio irritado, sabe? Como qualquer ator: não me imite com falsidade. Não gosto disso, e eu sou pago para fazer esse tipo de trabalho. Se você faz sem mim, está me roubando.
Para Freeman, esse tipo de prática representa uma ameaça à integridade artística. A voz de Morgan Freeman é uma das marcas mais reconhecíveis do cinema, e ver versões artificiais sendo usadas em propagandas e vídeos enganosos levanta alertas sobre segurança, ética e direitos de imagem.
Ele descreve essa imitação forçada como algo que pode confundir o público e prejudicar sua credibilidade.
O ator já havia se manifestado publicamente sobre o tema em 2024, quando agradeceu aos fãs por denunciarem conteúdos enganosos que usavam IA para simular sua voz.
Na ocasião, ele escreveu:
Obrigado aos meus fãs incríveis pela vigilância e pelo apoio ao denunciar o uso não autorizado de uma voz de IA me imitando. A dedicação de vocês ajuda a manter a autenticidade e a integridade em primeiro lugar.
A discussão não é exclusiva de Freeman. Scarlett Johansson recentemente criticou o uso de uma voz semelhante à sua por uma empresa de tecnologia, enquanto nomes como Matthew McConaughey e Michael Caine optaram por licenciar oficialmente suas vozes digitais — mostrando que a indústria ainda está longe de um consenso sobre IA.
Mesmo envolvido nessa polêmica, Freeman continua ativo na carreira.
Aos 88 anos, ele promove seu novo filme da franquia “Truque de Mestre”, sua única estreia prevista para 2025 — algo incomum para um ator que costuma lançar três filmes por ano.
Questionado sobre a aposentadoria, ele admitiu que a ideia surge ocasionalmente, mas logo desaparece quando surge um novo trabalho.
Confira a entrevista completa no site The Guardian.
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