Morre o ator John Amos, de Um Príncipe em Nova York e Duro de Matar

Maysa Vilela

Morre o ator John Amos, de Um Príncipe em Nova York e Duro de Matar

John Amos, ator conhecido por sua atuação em Um Príncipe em Nova York e por papéis marcantes na televisão norte-americana, faleceu aos 84 anos em Los Angeles, no dia 21 de agosto, devido a causas naturais.

A informação só foi revelada agora, quase 2 meses depois, mas foi confirmada por sua assessora de imprensa, Belinda Foster.

Ao longo de sua trajetória, Amos deixou uma marca inesquecível na indústria do entretenimento, ganhando destaque como o patriarca da série de sucesso Good Times e como a versão adulta de Kunta Kinte na minissérie Roots, aclamada pela crítica.

Em uma entrevista à CNN, Foster enviou uma declaração dada pelo filho do ator, Kelly Christopher Amos, que expressou sua tristeza pela perda do pai.

“Ele era um homem com o coração mais gentil e um coração de ouro… Muitos fãs o consideram como o pai da televisão. Ele viveu uma vida boa. Seu legado viverá em seus excelentes trabalhos na televisão e no cinema”.

John Amos: início no esporte e virada para a atuação

Nascido em East Orange, Nova Jersey, Amos inicialmente se destacou no futebol americano, jogando pela Colorado State University.

Embora tenha tentado carreira profissional, com passagens pelo Kansas City Chiefs e Denver Broncos, foi no mundo da atuação que ele encontrou seu verdadeiro caminho.

Durante uma entrevista, Amos chegou a afirmar que sua ambição sempre foi jogar futebol profissional, mas que o técnico Hank Stram, do Kansas City Chiefs, o fez repensar sua trajetória ao dizer: “Você não é um jogador de futebol, você é um jovem que por acaso está jogando futebol”.

Após uma breve carreira como assistente social e redator em Nova York, Amos iniciou sua jornada em Hollywood ao interpretar o meteorologista Gordon Howard no The Mary Tyler Moore Show, abrindo portas para futuros papéis.

John Amos - Um Príncipe em Nova York

Foi em Good Times que Amos alcançou grande visibilidade, interpretando o rígido pai da família James Evans. No entanto, após dois anos, o ator deixou a série por discordâncias com os roteiristas, criticando a forma como uma família negra era retratada na produção.

“Eu sabia mais sobre como uma família negra deveria ser representada”, afirmou Amos em uma entrevista de 2020.

Outro papel memorável de sua carreira foi na minissérie Roots, onde interpretou a versão adulta de Kunta Kinte. O trabalho rendeu a Amos uma indicação ao Emmy e consolidou sua importância na luta contra o racismo e os estereótipos raciais na televisão americana.

Em entrevista à revista Time, Amos comentou: “Foi um papel transformador para mim, como ator e de um ponto de vista humanístico”.

Além de suas contribuições para a televisão, Amos também brilhou no cinema. Em 1988, ele interpretou o dono de um restaurante de fast food, Cleo McDowell, na comédia de sucesso Um Príncipe em Nova York, contracenando com Eddie Murphy. O papel foi reprisado na sequência do filme, lançada em 2021.

Entre outros trabalhos do artistas estão Duro de Matar 2 (1990), Um Maluco no Pedaço (1995), Dr. Dolittle 3 (2006) e The West Wing (1999/2006).

Nos últimos anos, John Amos enfrentou polêmicas familiares, incluindo acusações de que estaria sofrendo abuso na terceira idade.

Contudo, ele se manifestou publicamente para tranquilizar seus fãs: “Quero que todos saibam que estou bem. Não estou na UTI nem nunca lutei pela minha vida”.

Com uma carreira rica e diversificada, John Amos deixa um legado inestimável no cinema e na televisão, sendo lembrado não apenas por seus personagens marcantes, mas também por sua contribuição na representação da cultura afro-americana na mídia.

Fonte: CNN Brasil

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