O pianista gaúcho Miguel Proença faleceu na noite de sexta-feira (22) aos 86 anos, vítima de falência múltipla de órgãos no Hospital São Vicente, no Rio de Janeiro. Nascido em Quaraí, na Fronteira Oeste, ele foi um dos maiores intérpretes e divulgadores do repertório nacional de piano.
Trajetória e repertório
Miguel Proença iniciou os estudos de piano ainda na infância e concluiu sua formação em Hamburgo e Hannover, na Alemanha. De volta ao Brasil, fixou-se no Rio de Janeiro e percorreu salas de concerto do país e do exterior. Em mais de seis décadas de carreira, gravou obras de Alberto Nepomuceno, César Guerra-Peixe, Ernesto Nazareth, Radamés Gnattali e Heitor Villa-Lobos. Em 2005, sua discografia foi reunida na coleção Piano Brasileiro, com dez discos.
Legado
Além da carreira artística, Proença também se destacou como professor e incentivador de novos talentos, sendo referência para pianistas que seguiram seus passos. Foi diretor da Sala Cecília Meireles em duas passagens, dirigiu a Escola de Música Villa-Lobos e foi secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro entre 1983 e 1988, período em que criou a Orquestra de Câmara da Cidade. Também idealizou o projeto Piano Brasil, levando recitais e masterclasses a diversas regiões do país.
Miguel Proença se despede como um verdadeiro embaixador do piano no Brasil.
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