O Brasil amanheceu com a notícia do falecimento de Silvio Tendler, renomado documentarista carioca, aos 75 anos no Rio de Janeiro. Internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, ele foi vítima de uma infecção generalizada.
Silvio deixa uma filha, um neto e uma trajetória marcada por mais de uma centena de obras. Sua produtora, a Caliban, lembrou nas redes sociais que ele também deixa “incontáveis amigos, centenas de ex-alunos, uma legião de fãs e a semente da justiça social plantada em todos nós”. A Casa Rui Barbosa destacou sua vida inteira dedicada a contar a história recente do país com coragem e compromisso.
O velório e enterro estão marcados para domingo (7), às 11h, no Cemitério Comunal Israelita do Caju, na zona portuária do Rio.
Documentários inesquecíveis
Tendler ficou famoso por retratar nomes como Juscelino Kubitschek (Os Anos JK – Uma trajetória política, 1980), João Goulart (Jango, 1984) e Tancredo Neves (Tancredo: A travessia, 2011). Também explorou figuras como Josué de Castro, Milton Santos e o universo dos artistas em obras como O Mundo Mágico dos Trapalhões (1981), um dos documentários nacionais mais vistos, com 1,8 milhão de espectadores.
Reconhecimento e legado
Sua contribuição foi reconhecida com importantes homenagens: a Ordem de Rio Branco, em 2006, e a Ordem do Mérito Cultural, em 2025. Silvio era conhecido como “cineasta dos sonhos interrompidos” e utilizava o cinema como forma de resgatar ideais, narrar lutas políticas e construir memória coletiva. Com informações da Agência Brasil.
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