A Mulher-Maravilha foi nomeada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como embaixadora para promover os direitos das mulheres. A cerimônia aconteceu, na última sexta-feira (21) em meio a críticas de grupos feministas e alguns membros da própria ONU.
A nomeação é para dar visibilidade ao 5º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que tem como intuito alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas até o ano de 2030. De acordo com a ONU, a Mulher-Maravilha foi escolhida por ser um símbolo de paz, igualdade e justiça. (Veja também: Mulher-Maravilha é gay, afirma roteirista da heroína)
A campanha foi lançada no 75º aniversário da primeira aparição da Mulher-Maravilha nos quadrinhos, que ocorreu em 1941. A ONU também produzirá materiais gráficos para as redes sociais e um livro em quadrinhos sobre o empoderamento das mulheres, que serão lançados nas suas seis línguas oficiais: árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol.
A cerimônia aconteceu na própria sede da ONU, em Nova Iorque. Estiveram presentes as atrizes Lynda Carter, que interpretou a heroína no seriado de TV dos anos 70, e Gal Gadot, atual intérprete da Mulher Maravilha nos filmes do universo cinematográfico da DC.
Protestos
A cerimônia de nomeação da Mulher-Maravilha também foi marcada por protestos, de pessoas de ambos os sexos. Shazia Rafia, da organização She4SG, que visa nomear uma mulher para o cargo de secretário-geral da ONU, considerou a escolha “ridícula” por se tratar de uma personagem de ficção. “Há tantas mulheres muito reais que poderiam ser eleitas”, disse.
Um grupo chegou a ficar de costas e erguer os punhos em protesto durante a cerimônia. Além disso, cerca de 350 funcionários da ONU escreveram uma petição para que o secretário-geral, Ban Ki Moon, desista do projeto.
Já outro grupo de protestantes criou um portal na internet para criticar a escolha. Para eles, a Mulher Maravilha é a personificação da mulher ideal – branca, de seios fartos e medidas improváveis – além de se vestir com a bandeira dos Estados Unidos.
Texto por Augusto Ikeda
Edição por Igor Miranda
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