O capítulo 104 de Dragon Ball Super apresentou um elemento inédito e surpreendente para a mitologia da franquia: o Museu dos Heróis da Terra, um local dedicado a homenagear figuras históricas que, em diferentes eras, protegeram o planeta. A revelação não apenas amplia o universo da obra, como também confirma a canonização de personagens antes considerados secundários ou até mesmo exclusivos de arcos filler.
O museu reúne estátuas de heróis que marcaram a história do mundo, alguns conhecidos do público e outros praticamente esquecidos. A presença desses personagens ajuda a conectar diferentes eras da franquia e reforça a ideia de que a Terra sempre contou com defensores, muito antes da chegada de Goku e dos Guerreiros Z.
O primeiro herói apresentado é Olibu, personagem que havia aparecido originalmente na saga filler do Torneio do Outro Mundo, em Dragon Ball Z. Com sua inclusão oficial no mangá, Olibu passa a ser considerado canônico. A estátua posicionada logo na entrada do museu sugere que ele foi um dos primeiros grandes heróis da humanidade. De acordo com informações apresentadas anteriormente, Olibu teria vivido há cerca de 10 mil anos e, após sua morte, tornou-se discípulo do Sr. Kaioh. Há inclusive a sugestão de que a Torre Karin tenha sido construída em sua homenagem.
Logo após, o museu exibe diversas estátuas de guerreiros pouco conhecidos. Entre elas estão figuras que lembram personagens vistos como figurantes no Torneio do Outro Mundo, incluindo um guerreiro bárbaro, uma mulher de cabelos longos, um combatente com aparência de super-herói, um lutador com vestimentas árabes e um lutador de sumô. Embora tenham tido pouco destaque, todos eles são retratados como heróis que, em algum momento, protegeram a Terra.
Entre esses personagens está Kidomo, um antigo aprendiz do Sr. Kaioh. Até então, pouco se sabia sobre sua origem, mas o museu confirma que ele também era um terráqueo. Outro destaque é um lutador com três olhos, que aparece brevemente e levanta a possibilidade de ser um ancestral de Tenshinhan, reforçando conexões antigas dentro do universo da série.
Uma das revelações mais curiosas envolve um personagem com aparência de aviador, cuja semelhança remete diretamente ao herói de Dragon Quest II. Esse detalhe sugere uma possível ligação simbólica entre Dragon Ball e a franquia Dragon Quest, ambas criadas por Akira Toriyama, tratando os eventos do RPG como parte de um passado distante daquele mesmo mundo.
Entre os heróis consagrados, o museu também presta homenagem ao Mestre Mutaito, mestre do Mestre Kame e responsável por derrotar o Piccolo Daimaoh no passado. Foi ele quem criou a técnica do Mafuba, usada para selar o vilão. Mesmo tendo perdido a vida nesse confronto, Mutaito é lembrado como um dos maiores salvadores da Terra, o que justifica plenamente sua presença no local.
O Mr. Satan também marca presença entre os homenageados. Considerado pela população como o maior herói da era moderna, ele é creditado por derrotar Cell e Majin Boo. Apesar da verdade ser conhecida apenas por um pequeno grupo, sua imagem pública continua intacta, e sua relevância histórica é reconhecida oficialmente.
O museu também apresenta uma estátua curiosa de Goku, representado ainda jovem e sem identidade revelada. A homenagem faz referência ao momento em que ele derrotou Piccolo Daimaoh, salvando o mundo diante de testemunhas. Como ninguém sabia quem ele realmente era, a estátua traz um grande ponto de interrogação no lugar do rosto, simbolizando o herói anônimo que salvou a Terra.
Por fim, temos também uma estátua do próprio Grande Saiyaman. O que faz sentido, já que o super herói surgiu e chamou bastante atenção quando estava ativo, defendendo a cidade de Satan City de criminosos. Não se sabe exatamente quando Gohan deixou de atuar como Grande Saiyaman, mas ele se manteve ativo tempo o bastante pra ter sua importância reconhecida.
A presença desses personagens reforça como Dragon Ball Super vem expandindo sua mitologia, conectando diferentes eras e reconhecendo figuras que moldaram a história do planeta muito antes dos eventos atuais.
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