O premiado diretor Guillermo del Toro afirmou que “preferiria morrer” a utilizar inteligência artificial generativa em seus filmes. A declaração foi feita durante uma entrevista ao podcast Fresh Air, da NPR, enquanto o cineasta promovia seu novo longa, Frankenstein, que estreia na Netflix em 7 de novembro.
A IA, especialmente a generativa, não me interessa, nem nunca me interessará. Tenho 61 anos e espero continuar desinteressado até o dia em que eu bater as botas.
Conhecido por obras como ‘O Labirinto do Fauno’, ‘A Forma da Água’ e ‘Pinóquio’, del Toro explicou que não chegou a considerar o uso de IA em ‘Frankenstein’. No entanto, ele admitiu que se inspirou em alguns dos “entusiastas da tecnologia” que defendem o uso da ferramenta — especialmente ao construir o personagem Victor Frankenstein, interpretado por Oscar Isaac.
Minha preocupação não é com a inteligência artificial, mas com a estupidez natural. Victor tem a arrogância desses ‘tech bros’. Ele cria algo sem pensar nas consequências. E acho que todos nós precisamos fazer uma pausa e refletir sobre para onde estamos indo.
Um Frankenstein mais humano — e mais sombrio
A nova adaptação de del Toro traz Jacob Elordi no papel da criatura, em uma versão visualmente diferente do monstro clássico. O diretor descreveu seu visual como “uma obra de arte anatômica”, com cicatrizes longas e aparência pálida e recém-nascida. À Entertainment Weekly, del Toro explicou o seguinte:
Victor é tanto um artista quanto um cirurgião. Ele sonhou com essa criatura por toda a vida, então queria que ela fosse perfeita. As cicatrizes são belas, quase aerodinâmicas.
Além de Isaac e Elordi, o elenco conta com Mia Goth, Christoph Waltz, Charles Dance e Felix Kammerer. O filme estreou em salas selecionadas nos Estados Unidos em 17 de outubro e chega mundialmente à Netflix em novembro.






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