Nem Marvel, nem DC: quadrinhos icônicos de editoras alternativas

Andre Luiz

Nem Marvel, nem DC: quadrinhos icônicos de editoras alternativas
Foto: reprodução/Rebellion Developments

Nem só de Marvel e DC vivem os quadrinhos! Editoras e autores alternativos colaboram muito com a cena das HQs, criando conteúdo de alto nível e muitas vezes mais diverso, adulto e autoral.

As obras abaixo se destacam por sua relevância histórica, impacto cultural e permanência no imaginário popular. Embora Marvel e DC dominem o mercado, buscamos fugir totalmente desse “guarda-chuva”, excluindo HQs de selos editoriais que pertencem a alguma das gigantes, como Vertigo e WildStorm.

Maus: a história de um sobrevivente – Art Spiegelman (Pantheon Books)

Publicada inicialmente em capítulos, Maus tornou-se uma das graphic novels mais importantes da história. A obra retrata o Holocausto a partir do relato de Vladek Spiegelman, sobrevivente de Auschwitz, usando animais antropomórficos como recurso narrativo. O quadrinho marcou época ao demonstrar que HQs também podem abordar temas históricos complexos e traumáticos, sendo o primeiro trabalho no formato reconhecido com o Prêmio Pulitzer.

Spawn – Todd McFarlane (Image Comics)

Criado no início dos anos 1990, Spawn acompanha Al Simmons, um ex-agente da CIA que retorna do inferno como um anti-herói. A série foi decisiva para consolidar a Image Comics como uma potência do mercado independente e simboliza a virada autoral dos quadrinhos norte-americanos, com forte identidade visual e foco em personagens moralmente ambíguos.

The Walking Dead – Robert Kirkman (Image Comics)

Muito antes de se tornar um fenômeno televisivo, The Walking Dead já era um sucesso nos quadrinhos. A série apresenta um mundo pós-apocalíptico dominado por mortos-vivos, mas concentra sua narrativa no comportamento humano em situações extremas, explorando temas como liderança, colapso social e sobrevivência.

Sin City – Frank Miller (Dark Horse Comics)

Com estética fortemente inspirada no cinema noir, Sin City se destaca pelo uso extremo de contraste em preto e branco e por histórias interligadas ambientadas em uma cidade marcada pela corrupção e violência. A obra consolidou Frank Miller como um dos principais nomes dos quadrinhos autorais e influenciou diretamente o cinema contemporâneo.

Hellboy – Mike Mignola (Dark Horse Comics)

Criado por Mike Mignola, Hellboy mistura folclore, mitologia, horror e histórias pulp. O personagem-título é um demônio invocado por ocultistas, mas criado por humanos e atuando como investigador paranormal. A série se tornou referência por seu estilo artístico minimalista e por seu universo mitológico consistente.

Invencível – Robert Kirkman (Image Comics)

Invencível apresenta uma releitura do conceito clássico de super-heróis, acompanhando a trajetória de um jovem que herda poderes extraordinários. A HQ se diferencia por mostrar as consequências físicas, emocionais e sociais da vida heroica, ampliando o debate sobre responsabilidade, legado e amadurecimento.

Tom Strong – Alan Moore e Chris Sprouse (America’s Best Comics)

Inspirada nas histórias de aventura e ficção científica das décadas de 1930 e 1940, Tom Strong revisita o arquétipo do herói científico. A série se destaca pela abordagem otimista e inventiva, combinando ciência, exploração e narrativa serial clássica dentro de um universo próprio.

Asterix – René Goscinny e Albert Uderzo (Hachette)

Ícone dos quadrinhos europeus, Asterix acompanha um pequeno vilarejo gaulês que resiste à ocupação romana. A série é conhecida pelo humor inteligente, sátira histórica e jogos de linguagem, sendo um dos maiores sucessos editoriais da história dos quadrinhos fora dos Estados Unidos.

Juiz Dredd – John Wagner e Carlos Ezquerra (Rebellion Developments)

Ambientado em um futuro distópico, Juiz Dredd apresenta um sistema judicial autoritário no qual juízes acumulam as funções de polícia, promotor e executor da lei. A HQ é amplamente reconhecida por sua crítica social e política, além de seu impacto duradouro na ficção científica em quadrinhos.

Promethea – Alan Moore, J. H. Williams III e Mick Gray (America’s Best Comics)

Promethea combina mitologia, ocultismo, filosofia e metalinguagem, acompanhando a personagem-título como uma entidade ligada à imaginação e às histórias. A obra se destaca tanto pelo experimentalismo narrativo quanto pelo uso inovador da arte sequencial.

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