Netflix mantém preços no Brasil apesar de aumentos no exterior

Igor Miranda

Netflix mantém preços no Brasil apesar de aumentos no exterior

A Netflix disse que o Brasil não estará entre os países que sofrerão reajuste de 13% a 18% no valor das assinaturas. A plataforma de streaming anunciou nesta terça-feira (15) que elevaria o valor pago pelos usuários, uma forma encontrada para financiar sua produção de conteúdos próprios.

A partir da próxima cobrança, em alguns países, o plano básico antes de US$ 8 passará a ser US$ 9 por mês; já a opção de duas telas diferentes assistindo custará US$ 13 e a premium, que permite quatro telas e Ultra HD chegará a US$ 16 mensais. A alteração é feita para usuários de países que a assinatura é cobrada em dólar americano, o que não acontece no Brasil.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, o aumento do preço foi a forma que a Netflix encontrou para bancar a produção de seus conteúdos próprios, um investimento que custou US$ 8 bilhões para os cofres da companhia em 2018. Para isso, a empresa mira no aumento de um a dois dólares por mês dos seus mais de 58 milhões de assinantes dos EUA.

Em nota, a empresa disse que muda “os preços de tempos em tempos, à medida que continuamos investindo em grande entretenimento e melhorando a experiência geral da Netflix.” A notícia animou investidores: os papéis da companhia na Nasdaq operavam em alta de 6,81% pela tarde. A última grande mudança de preço das assinaturas da plataforma tinha acontecido em 2017.

Outras regiões

Segundo a Netflix, alterações de preços acontecem de maneira restrita para cada mercado, de forma que o aumento no mercado americano não é indicativo de mudanças em outras regiões.

Em nota, a empresa disse que “aumentou os preços nos Estados Unidos e em alguns mercados da América Latina e do Caribe onde a cobrança é feita em dólares, o que não inclui o Brasil”.

Reflexo

O aumento da assinatura foi comemorado pelos principais concorrentes da Netflix, como o Hulu, HBO e Amazon Prime Video. Além disso, outras gigantes ensaiam lançar suas próprias plataformas de streaming, como Apple, Disney e Comcast, prometendo tornar o mercado ainda mais competitivo e, possivelmente, mais barato.

As empresas tradicionais de televisão a cabo também podem sair ganhando. Com o aumento frequente no valor das assinaturas de streaming, especialistas acreditam que em breve, a diferença dos custos dos dois serviços não deve ser mais tão exorbitante.

Apple deve lançar app de streaming para concorrer com Netflix em 2019

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