Nintendo PlayStation: o videogame que Sony e Nintendo jamais lançaram

Augusto Ikeda

Nintendo PlayStation: o videogame que Sony e Nintendo jamais lançaram

Que o PlayStation é uma das grandes plataformas de videogames de hoje, ninguém mais tem dúvida nenhuma disso. A Sony, inclusive, já pensa em lançar o PlayStation 5 mais cedo do que nós imaginamos. Mas você sabia que, por pouco, a empresa não lançou um console em parceria com a Nintendo, que é uma de suas rivais, que se chamaria Nintendo PlayStation? Entenda mais sobre essa curiosa história abaixo.

Na década de 80, Ken Kutaragi, que é considerado o “pai do PlayStation”, desenvolveu um chip de última geração escondido de seus superiores na Sony, que nessa época, nem pensava em entrar no mercado de videogames. Mas eles mudaram de ideia após descobrir a criação de Kutaragi (que conseguiu manter o emprego na empresa).

Em 1988, a Sony firmou uma parceria com a Nintendo (por conta desse chip) para produzir dois projetos para o Super Nintendo: um acessório que permitiria ao SNES rodar games em CD, além da produção de um novo console que rodaria tanto CDs quanto cartuchos: o Nintendo Play Station (na realidade, o nome era escrito em separado na época). As duas empresas desenvolveram vários protótipos e até planejaram revelar o produto em um evento em junho de 1991.

Um dos protótipos do Nintendo Play Station

No entanto, de acordo com Kutaragi, poucos antes do evento, o então presidente da Nintendo, Hiroshi Yamauchi, acabou desistindo do negócio, ao notar que ele favoreceria muito mais a Sony do que sua empresa.

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Assim, a Nintendo optou por firmar uma parceria com a holandesa Philips, que desenvolveria esse acessório para o Super Nintendo (e a empresa japonesa garantiu que ela se beneficiaria do negócio) e em troca, permitiu que seus personagens aparecessem em jogos do CD-i, console desenvolvido pela Philips.

No entanto, a Sony não sabia de nada e revelou o Nintendo Play Station normalmente em 1991. E no dia seguinte, a Nintendo anunciou a parceria feita com a Philips.

A Sony alegou que ainda teria a licença da Nintendo para produzir o Play Station, enquanto que a Nintendo afirmou que o acordo firmado anteriormente não permitiria tal fato.

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Se sentindo apunhalada pelas costas, a Sony deu início a um processo e manteve o desejo de lançar o console, mesmo sem qualquer apoio da agora rival. A Nintendo, em contrapartida, tentou se apropriar do nome “Play Station.”

Em 1992, um acordo chegou a ser firmado: a Sony poderia lançar o console, mas a Nintendo se beneficiaria da venda de eventuais cartuchos.

No entanto, ao notar toda a experiência que ganhou com os protótipos desenvolvidos e, com certeza, cheia de raiva por ter sido passada para trás, a Sony abandonou o Nintendo PlayStation e decidiu produzir seu próprio console, que rodaria CDs ao invés de cartuchos. E assim, o PlayStation 1 nasceu, sendo lançado no Japão em 1994 e no resto do planeta em 1995.

No final da contas, a Nintendo perdeu e muito ao desistir do negócio. Alguns anos depois, viu a Sony a ultrapassar e se tornar líder do mercado de games. Além disso, a Philips não desenvolveu o acessório que rodaria CDs para o Super Nintendo.

E o pior de tudo nessa história são os games desenvolvidos para o CD-i da Philips. Por acaso já ouviu falar de Link: The Faces of Evil, Zelda: The Wand of Gamelon, Zelda’s Adventure e Hotel Mario? Ninguém se lembra deles por que além do console ter sido um fracasso, os títulos eram de péssima qualidade. Uma mancha na história de duas das franquia mais populares dos videogames.

Mas já imaginou se a Nintendo não tivesse desistido do negócio e lançado normalmente o Nintendo PlayStation? A história dos videogames, com certeza, seria bem diferente.

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