Por Valentina Camargo
As gravações de “Nós, que nos queremos tão pouco” foram concluídas na segunda semana de agosto, em Porto Alegre, marcando a estreia de Lisiane Cohen na direção de longas-metragens. O filme parte de um segredo familiar que separou as irmãs Mara, interpretada por Julia Lemmertz, e Antônia, vivida por Fera Carvalho Leite, até que uma tragédia provoca o reencontro. O retorno à cidade natal, no interior do Brasil, acontece após a morte da mãe, caso que está sob investigação policial. A presença do pai, Constâncio, papel de Rui Rezende, e da antiga casa da família desperta memórias, sentimentos e revelações capazes de transformar a vida de todos.
Baseado na peça homônima do dramaturgo mineiro Rui Rezende, o longa é uma coprodução da Margem Cinema Brasil e da Layepas Produções Artísticas. O elenco conta ainda com Luíza Lemmertz, André Paixão e Cássio Nascimento.
A trama se desenvolve em um casarão carregado de afetos e mágoas do passado, que volta a receber Mara e Antônia em meio à expectativa da exumação do corpo da mãe. O que poderia ser um reencontro afetuoso se transforma em um cortejo de emoções não resolvidas. No segundo andar da casa, um segredo guardado há anos ameaça reescrever a história das duas irmãs.
Lisiane Cohen, diretora de curtas, séries e projetos televisivos como “Lua em Câncer”, define o filme como um mergulho nas consequências emocionais profundas de relações familiares complexas. “O drama se constrói a partir do ser humano comum e de implicações afetivas que marcam o cotidiano”, explica.
Para Julia Lemmertz, a experiência também tem um peso pessoal:
Gostei muito do roteiro por ser uma história contundente e forte. É um filme corajoso e profundo, algo que nunca fiz. É o meu primeiro longa filmado em Porto Alegre e fico muito animada por estar na minha cidade natal, em um lugar onde tantos filmes incríveis são produzidos e com tanta gente talentosa
O projeto foi viabilizado pelo edital Ruth de Souza, Edital SAV/MINC/FSA Nº 01, de 27 de abril de 2023. A direção de fotografia é de Maurício Borges de Medeiros, a direção de arte é assinada por Maíra Coelho e a produção executiva fica a cargo de Ceicça Boaventura e Priscila Guerra.






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