O segundo dia do julgamento de Alec Baldwin pelo caso Rust trouxe à tona uma acalorada discussão sobre novas provas balísticas que a defesa alega terem sido fornecidas por um “bom samaritano” e ignoradas anteriormente.
Durante a audiência em Santa Fe, o advogado de defesa Alex Spiro apresentou uma nova teoria sobre a origem da bala que matou a cinegrafista Halyna Hutchins.
Segundo Spiro, nos últimos meses, um indivíduo entregou munição à polícia de Santa Fe, alegando que era da mesma fonte da bala fatal.
Esse “bom samaritano” foi revelado pela promotora Kari Morrissey como sendo o ex-policial Troy Teske, amigo do pai da armeira Hannah Gutierrez.
A controvérsia aumentou quando Spiro afirmou que as autoridades não compartilharam essas novas provas nem com a defesa de Alec Baldwin, nem com a equipe de Gutierrez, que poderia usá-las em um apelo.
Ele destacou que a evidência poderia alterar a compreensão do caso. “Ele disse que tinha a ver com o tiroteio de Rust, correto?”, perguntou Spiro a Marissa Poppell, técnica de cena do crime do condado de Santa Fe. Ela concordou.
Morrissey prontamente rebateu, sugerindo que Teske tinha motivos pessoais para ajudar Gutierrez. “Você está ciente de que Troy Teske é um amigo próximo do pai de Hannah?”, perguntou Morrissey a Poppell.
“Você sabe que ele tinha suas próprias motivações para querer ajudar a Srta. Gutierrez?”.
O julgamento busca esclarecer a fonte da munição letal, mas Baldwin não é suspeito de ter trazido as balas ao set.
O ator veterano está sendo julgado por homicídio involuntário por violar a regra fundamental de segurança com armas de fogo, ao apontar e disparar a arma que matou Hutchins.
O foco do julgamento está em determinar a responsabilidade pelo ocorrido, com a defesa de Baldwin argumentando que as autoridades priorizaram incriminá-lo em vez de investigar profundamente o caso.
O desenrolar do julgamento promete ser intenso, com testemunhos de Hannah Gutierrez e Seth Kenney, dono da fornecedora de armas do filme Rust. A defesa tenta provar que houve falhas na investigação e que Baldwin não é o principal culpado.
Na manhã desta sexta-feira (12), antes da chegada do júri, o advogado de Gutierrez, Jason Bowles, apresentou um argumento ao juiz Mary Marlowe Sommer para que a armeira não seja obrigada a testemunhar, evitando assim se incriminar enquanto apela de sua condenação.
A discussão sobre a origem da bala fatal continuará a ser um ponto central do julgamento, que busca resolver um dos maiores mistérios desde o início do caso Rust.
Rust: quem era Halyna Hutchins, a vítima acidental de Alec Baldwin
FONTE: THR
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