O épico histórico O Brutalista, dirigido por Brady Corbet, foi o grande destaque da premiação do New York Film Critics Circle (NYFCC), levando para casa dois dos prêmios mais cobiçados: Melhor Filme e Melhor Ator para Adrien Brody.
A vitória do filme se alinha com a tendência do NYFCC de apontar produções que têm grandes chances de se destacar na temporada de premiações, sendo frequentemente um termômetro para o Oscar.
O Brutalista tem sido descrito como uma obra monumental, e a vitória de Brody reaviva as discussões sobre suas chances de conquistar o Oscar de Melhor Ator pela segunda vez.
O ator, que fez história ao se tornar o vencedor mais jovem do prêmio de Melhor Ator em 2002, por O Pianista, pode agora se tornar o ator mais jovem a conquistar dois Oscars aos 51 anos.
Brody se junta a uma lista de grandes nomes da indústria que ainda competem pela estatueta, como Timothée Chalamet, Ralph Fiennes e Colman Domingo, que também receberam grandes elogios por suas atuações.
Premiação reflete a imprevisibilidade da temporada de premiações
A edição deste ano do NYFCC ilustra a incerteza que tem caracterizado a temporada de premiações de 2024. Com o tema “o ano sem um favorito claro”, a premiação destaca filmes de menor porte, mas com grande relevância crítica.
Um exemplo disso é RaMell Ross, que surpreendeu ao conquistar o prêmio de Melhor Diretor por Nickel Boys, uma adaptação do premiado livro de Colson Whitehead.
O filme também levou o prêmio de Melhor Cinematografia, com o trabalho de Jomo Fray, que usou uma abordagem de ponto de vista em primeira pessoa, gerando grande repercussão entre os críticos.
Atores e filmes independentes ganham destaque
Marianne Jean-Baptiste, com sua performance aclamada em Hard Truths, conquistou o prêmio de Melhor Atriz.
Sua interpretação de uma mulher em colapso mental chamou a atenção do público e dos críticos, solidificando sua posição como uma das grandes apostas da temporada.
A vitória também eleva a visibilidade do filme, que será lançado em 6 de dezembro nos cinemas dos Estados Unidos.
Entre os outros vencedores de atuação, Kieran Culkin mostrou seu potencial para uma indicação ao Oscar com sua vitória como Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em A Real Pain.
Já Carol Kane surpreendeu ao conquistar o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em Entre os Templos, filme que foi aclamado pela crítica e vem ganhando força para possíveis indicações futuras.
Prêmios para filmes fora do radar
Além dos tradicionais prêmios de atuação e direção, o NYFCC também reconheceu projetos mais experimentais.
O filme Flow, de Gints Zilbalodis, levou o prêmio de Melhor Animação com sua narrativa sem diálogos, destacando a inovação nas formas de contar histórias no cinema.
Já o prêmio de Melhor Filme de Não-Ficção foi para o documentário No Other Land, sobre o conflito palestino-israelense, que ainda busca um distribuidor nos Estados Unidos.
Outro filme que chamou atenção foi All We Imagine as Light, de Payal Kapadia, que ganhou o prêmio de Melhor Filme Internacional.
Apesar de não poder competir na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar, devido à escolha da Índia de submeter outro filme, a produção se posiciona como uma forte candidata em outras categorias, como Melhor Filme e Melhor Roteiro Original.
Expectativa para os próximos meses
Os prêmios do NYFCC são uma excelente vitrine para filmes independentes e de nicho, oferecendo-lhes a chance de aumentar sua visibilidade antes da cerimônia do Oscar.
Agora, com a temporada de premiações em pleno andamento, os estúdios e cineastas vão focar em outros eventos importantes, como o National Board of Review, o Globo de Ouro e o SAG Awards, para continuar alimentando a campanha de seus filmes.
Com a cerimônia do NYFCC marcada para 8 de janeiro de 2025, no TAO Downtown em Nova York, a próxima etapa da temporada promete mais surpresas e confirmações à medida que os prêmios vão se desenrolando.
FONTE: Variety
Seja o primeiro a comentar