A nova roupagem de Eric Draven, interpretado por Bill Skarsgård, no aguardado remake de O Corvo, não foi bem recebida por todos.
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Rochelle Davis, que deu vida a Sarah na versão original de 1994 — uma jovem sob os cuidados de Eric Draven (Brandon Lee) e Shelly Webster (Sofia Shinas) antes de serem brutalmente assassinados — expressou sua desaprovação ao visual renovado do personagem.
Em uma entrevista à TMZ, a reação inicial de Davis ao ver as primeiras imagens foi direta: “eca”.
O diretor do remake de O Corvo, Rupert Sanders, comentou sobre a tragédia de Brandon Lee, enfatizando que o novo filme pretende homenagear o falecido ator.
Porém, Davis aponta que, apesar de não questionar o talento de Skarsgård, o novo visual não capta a essência de Eric Draven, descrito por ela como um “homem bom com uma alma boa”.
Para Davis, a aparência “suja, desleixada e grunge” do novo Draven o aproxima mais dos vilões que ele deveria combater do que do personagem titular.
Além da aparência do personagem, Davis levanta outra preocupação com o remake da Lionsgate: a falta de diversidade.
Ela sugere que “qualquer pessoa que não seja um homem branco heterossexual” teria sido uma escolha de elenco mais apropriada para reinventar Eric Draven, embora também aponte que escolher alguém que se parecesse mais com Brandon Lee seria uma forma de respeito.
A escolha de FKA Twigs para o papel de Shelly Webster foi um ponto positivo destacado por Davis.
A atriz expressou que não pretende assistir ao novo filme, principalmente por respeito a Lee, que morreu tragicamente em um acidente no set durante as filmagens do filme original.
Davis também tem incentivado os fãs de O Corvo a boicotarem o remake, embora reconheça que muitos assistirão por curiosidade.
Apesar das críticas, Davis vê um aspecto positivo no remake: a oportunidade de introduzir novas gerações à franquia. O novo olhar sobre O Corvo chegará aos cinemas em 7 de junho de 2024, prometendo reacender discussões sobre legado, memória e reinvenção no cinema.
Diretor de O Corvo também não gostou
Alex Proyas, o cineasta por trás do clássico O Corvo de 1994, recentemente fez uso de sua página no Facebook para expressar de maneira sarcástica sua opinião sobre o remake dirigido por Rupert Sanders.
Em uma publicação que rapidamente ganhou atenção, Proyas brincou: “Eric Draven acordou com o cabelo ruim. Próximo reboot, obrigado”.
Nos comentários, ele não parou por aí, adicionando: “Eu acho que a ideia é que ele seja um ‘bad boy fodão’ com todas essas tatuagens e lobisomens e caveiras na sua jaqueta”, disse.
A postagem viralizou, provocando uma enxurrada de reações entre os fãs e críticos do novo filme. Diante da controvérsia gerada, Proyas voltou ao Facebook para esclarecer suas intenções, buscando apaziguar os ânimos.
Em uma nova mensagem, ele abordou diretamente aqueles que se ofenderam com seu comentário anterior.
“Para todos aqueles com raiva de mim por causa de uma piada sobre corte de cabelo – por que vocês se importam tanto com o que eu penso? Isso importa por quê?”
“Se a sua experiência com um filme pode ser arruinada tão facilmente por uma pessoa que você nem conhece, isso não é um pouco triste? Vá ver o filme se você estiver empolgado para isso, eu não quero tirar a alegria de ninguém. Deus sabe que todos precisamos do máximo de diversão que pudermos ter na vida nesse momento”, ponderou o diretor.
A troca de farpas e a subsequente reflexão de Proyas reacenderam o debate sobre a influência das opiniões de figuras públicas no sucesso ou fracasso de obras cinematográficas, especialmente em um momento em que as redes sociais amplificam cada voz.
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