Vilões como protagonistas, sangue, violência explícita, trilha sonora maluca e a mente doentia de James Gunn por trás disso tudo. É claro que o assunto é O Esquadrão Suicida! Será que agora a DC acertou nesse título? Continue a leitura para saber!
Demorou, mas chegou o dia de reencontrar o Esquadrão Suicida nas telonas. Depois daquele desastre de 2016, James Gunn assumiu o comando desse projeto e prometeu que ia “botar pra quebrar” e salvar o barco.
Será que isso aconteceu mesmo? Ou será que os trailers causaram expectativas que não foram sanadas no filme? Fique tranquilo que esse texto não tem spoilers.
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O Esquadrão Suicida é melhor que o primeiro filme?
Para começar, não existe a mínima possibilidade de comparar o Esquadrão Suicida de 2016 com o de 2021. Isso é fato.
James Gunn operou um verdadeiro milagre e o novo filme é muito melhor do que o do David Ayer. Mesmo assim, o cineasta foi tão legal que até agradeceu o Ayer nos créditos de sua produção.
A questão é que o filme chega chegando. Ele começa e parece que já está no meio. E isso não é um defeito! Na verdade, é empolgante quando o filme confia na capacidade de compreensão do espectador.
O que precisava ser contextualizado vinha em forma de flashbacks, que foram extremamente bem feitos. Como era de se esperar, o filme é sanguinário, doentio, absurdo e engraçado. E, mesmo assim, supera as expectativas. É isso tudo do início ao fim. Início mesmo – desde a cena 1!
Além disso, desde o começo fica claro que o filme é imprevisível. Você pode até achar que sabe o que vai acontecer, aí o filme vem e traz acontecimentos que você não esperava.
A essência do filme foi muito bem construída e os vilões continuam sendo vilões, mesmo sendo tão carismáticos. Você ri, se emociona, se empolga, fica tenso… e até se constrange – tudo isso de propósito no filme.
Tem comédia, tem tripas voando, tem drama e muita ação! Tem gente dizendo por aí que esse O Esquadrão Suicida é um filme que não se leva a sério e por isso mesmo ele deu certo.
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Doses de violência e comédia são destaques do filme
O filme pode até não se levar a sério, mas foi executado com muita seriedade, e foi por isso sim que deu certo. Interessante é que, além de todo o capricho com o roteiro e a direção, ele foi construído com muita liberdade e ousadia por James Gunn.
Não é um filme que segue o arco específico das HQs e, mesmo assim, casou perfeitamente com tudo que os fãs esperavam desses vilões. E tem cenas brutais de verdade! Mesmo que tenha uma trilha sonora aconchegante ou efeitos visuais de florzinhas, ele traz um nível hard de violência. Não é para corações fracos.
O filme também é provocativo, sem ofender o público. Não tem aquela questão de “levantar bandeiras” para algum discurso, mas traz um conteúdo que te faz pensar em alguns momentos. Isso deixou a obra ainda mais rica.
Os personagens são muito bem desenvolvidos e aprofundados. Mas, ao mesmo tempo, na história eles são literalmente descartáveis. Fique com essa frase na cabeça que você vai se lembrar dela quando assistir.
Personagens que roubam a cena
Ainda com relação aos personagens, a Caça-Ratos 2 foi uma das maiores surpresas. Primeiro porque é uma personagem nova que acaba gerando certo receio.
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E então vem a surpresa: ela não só é uma personagem irada, como conquistou uma grande importância no filme. Se você pensou que ela seria uma personagem de apoio, que ficaria ali pela periferia da história central, está enganado. A garota brilhou!
Agora, e o velho Silvester Stallone como Tubarão Rei? É um mix de emoções: foi uma das coisas mais brutais, engraçadas e fofas já feitas. Sensacional! Sobre a Arlequina, essa foi a melhor aparição cinematográfica dela até o momento.
A personagem amadureceu e cresceu demais. A questão não é a interpretação da Margot Robbie, que é impecável, mas a forma que a DC veio tratando a personagem até então. Nesse filme ela não está mais presa no estigma de bobinha sexy. Ela está bem mais durona e interessante.
O mesmo aconteceu com Rick Flag e Amanda Waller, que também foram “repescados” do filme anterior e agora potencializados pelo novo filme.
Pacificador e Sanguinário foram os donos da parada toda e dominaram o longa, mandaram bem de verdade. O que mais o público podia esperar de Idris Elba e John Cena?
Por fim, mais uma grata surpresa: o Bolinha. Muita gente imaginou que esse seria o personagem mais dispensável, mas ele é fenomenal.
O Esquadrão Suicida vale a pena?
Detalhe: o filme tem mais de 2 horas de duração e o primeiro arco foi frenético, mas no segundo o filme cai um pouco. Nada que desanime ou desprenda o espectador. Mas acontece…
Em resumo, se você quer ver um filme 18+ com sangue, piadas incorretas, constrangimentos, momentos fofos, correria, porrada, situações absurdas, um excelente roteiro e personagens irresistíveis, corre para assistir O Esquadrão Suicida!
O diretor James Gunn realmente deu seu nome nesse filme e é uma das maiores obras de arte da DC – mesmo tendo uma proposta bem mais descontraída do que a trilogia do Batman e o filme solo do Coringa.
O Esquadrão Suicida de 2021, finalmente, é o filme ousado que o público esperava desde 2016!
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