O lado humano do Doutor Destino

Roteiristas Ei Nerd

O lado humano do Doutor Destino

por Cheyna Corrêa

Victor Von Doom é amplamente reconhecido como o mais ardiloso e ambicioso vilão da Marvel, mas poucos conhecem seu gesto mais altruísta, seus atos de pura compaixão que salvaram a vida de Sue Richards e do bebê que ela carregava.

A criação de um gênio (e de uma rixa)

O Doutor Destino surgiu na 5ª edição do Quarteto Fantástico, criado por Stan Lee e Jack Kirby. Na universidade, Victor Von Doom e Reed Richards eram colegas brilhantes, até que um experimento mal calculado desfigurou Doom. Em vez de assumir sua culpa, ele culpou Richards e se tornou seu inimigo mortal.

Origens marcadas pela tragédia

Crescido entre superstições e ódio à opressão, Victor perdeu o pai em fuga e teve a mãe feiticeira aprisionada por Mefisto. Salvou um amor de juventude, Valéria, antes de partir para estudar na América. Seu nome, “Doom” (“destino ruim”), reflete a série de infortúnios que moldaram seu coração e sua ambição.

O resgate de Valéria Richards

Anos depois, Sue Richards enfrentava uma gravidez gerada sob a radiação da Zona Negativa, procurando médicos especialistas, mas sem sucesso. Quando Reed estava desaparecido, Johnny Storm implorou ajuda a Doom. Usando ciência e magia, Victor conduziu o parto sem ferir mãe ou filha.

Imagem: Reprodução

O batismo e a promessa real

Doom não pediu glória ou pagamento pelo milagre. Só exigiu nomear a criança: escolheu “Valéria”, homenagem ao grande amor de sua juventude. Ele então declarou: “Coloco você sob minha proteção real, pequena Valéria. Quem a atacar, enfrentará o Doutor Destino.” E cumpriu: jamais levantou um dedo contra a menina, que o chama de “Tio Doom” e, no futuro, chega a usar armadura inspirada na dele.

Complexidade além da vilania

Esse ato de misericórdia revela camadas inesperadas em Victor Von Doom. Apesar de governar Latveria com mão de ferro, ele guardou um afeto genuíno por Valéria Richards — prova de que, sob a armadura metálica, ainda pulsa um coração capaz de amor e sacrifício.

Com a chegada do Quarteto Fantástico ao UCM, fica a esperança de vermos nos cinemas não só o tirano, mas também o herói improvável que salvou uma vida inocente. Afinal, até o mais temido dos vilões pode ter um lado bom.

COMPARTILHE Facebook Twitter Instagram

Leia Também


Mais Lidas

ASSINE A NEWSLETTER

Aproveite para ter acesso ao conteúdo da revista e muito mais.

ASSINAR AGORA