O que aconteceu com o Skype, a primeira estrela das videoconferências?

Yolanda Magesty

O que aconteceu com o Skype, a primeira estrela das videoconferências?

Você se lembra do Skype? Durante anos, ele foi sinônimo de chamadas online e uma das plataformas mais populares de comunicação pela internet.

Hoje, no entanto, a realidade é bem diferente. Apesar de ainda estar ativo, o Skype perdeu o protagonismo, sendo ofuscado por concorrentes e até por outros serviços da própria Microsoft. O que levou a esse declínio e como o app ainda sobrevive no mercado? Entenda a seguir.

A história do Skype: de estrela a coadjuvante

Lançado em 2003 por Niklas Zennstrom e Janus Friis, o Skype inovou ao permitir chamadas de voz, vídeo e mensagens de texto via internet. Baseado no protocolo P2P (Peer-to-Peer), ele oferece uma comunicação eficiente e com custos reduzidos.

Em 2005, o eBay comprou uma plataforma de US$ 2,6 bilhões, mas foi com a Microsoft, que adquiriu o serviço em 2011 por US$ 8,5 bilhões, que o Skype atingiu novos públicos.

O Skype se destacou pela facilidade de uso e compatibilidade com diferentes sistemas operacionais, o que ajudou a conquistar milhões de usuários.

Em 2009, a plataforma já acumulava 400 milhões de contas registradas, e hoje, estima-se que esse número tenha ultrapassado 2 bilhões. No entanto, o número de usuários ativos caiu significativamente ao longo dos anos.

O auge e a competição crescente

Durante sua ascensão, o Skype foi integrado a produtos da Microsoft, como o Windows e o Xbox, além de substituir o antigo Windows Live Messenger (o famoso MSN). No entanto, o cenário começou a mudar com a entrada de concorrentes mais modernos e especializados.

Aplicativos como WhatsApp, Zoom e Google Meet conseguiram ganhar espaço com funções mais práticas e interfaces mais amigáveis.

Outro problema foi a integração confusa com o ecossistema da Microsoft. A estreia do Windows 8, por exemplo, trouxe mudanças na interface do Skype que acabaram frustrando usuários antigos. “A plataforma ficou desorganizada, com muitos menus e dificuldades para realizar tarefas básicas”, criticaram especialistas na época.

Com o passar dos anos, soluções como Discord e Slack passaram a atender nichos específicos, oferecendo experiências mais ajustadas às necessidades de seus públicos. Já o Skype perdeu sua identidade ao tentar competir em várias frentes.

Pandemia e impacto no mercado

Durante a pandemia de Covid-19, as plataformas de comunicação digital cresceram exponencialmente, mas o Skype não conseguiu se destacar. Zoom e Google Meet dominaram o mercado, enquanto a Microsoft lançou o Teams, voltado tanto para empresas quanto para uso pessoal. “Foi o início do fim para o Skype como ferramenta corporativa”, observaram analistas.

Em 2021, a Microsoft descontinuou o Skype for Business, substituindo-o definitivamente pelo Teams. No mesmo ano, o Windows 11 foi lançado com o Teams integrado ao sistema operacional, enquanto o Skype perdeu o destaque e ficou em segundo plano.

O futuro do Skype

Apesar de esquecido por muitos, o Skype segue ativo e recebendo atualizações. Em 2022, o app ganhou uma nova interface e integração com o Microsoft Copilot, um assistente baseado em inteligência artificial. Ainda assim, seu futuro é incerto.

A Microsoft tem mostrado resistência em encerrar o serviço, mas a falta de relevância no mercado atual é um desafio difícil de superar.

E você, quando foi a última vez que usou o Skype para se comunicar? Embora a tecnologia ainda esteja disponível, sua popularidade é um reflexo de como o mercado pode mudar rapidamente, deixando até os gigantes para trás.

Fonte: TecMundo

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