O Superman de David Corenswet é fraco? Analisamos tudo pra acabar com o mito!

Cheyna Corrêa (Texto: Peter Jordan)

O debate que tomou conta da internet nerd é um só: “O Superman do David Corenswet só apanha?” Desde que o filme estreou, muita gente vem chamando o novo Homem de Aço de “Super-Buxa”, dizendo que ele é fraco, precisa de ajuda e que o Superman de Henry Cavill era muito mais poderoso. Mas será que isso é verdade mesmo?
Chegou a hora de colocar ordem nessa discussão e entender o que o James Gunn quis mostrar com o novo Superman, comparando feitos, batalhas e o que realmente define o nível de poder do herói.

Aura não é poder: o erro da comparação com Henry Cavill

O erro mais comum dos fãs é confundir aura com nível de poder. O Superman de Zack Snyder, vivido por Henry Cavill, tinha aquele visual imponente, lutas cinematográficas e muita aura de “deus entre os homens”. Mas quando analisamos os feitos reais, ele apanha — e muito!
Em O Homem de Aço, ele é nocauteado por outros kryptonianos. Em Batman vs Superman, ele é derrotado pelo Batman, quase morre por uma bomba atômica e depois é morto pelo Apocalypse. No Snyder Cut, o Superman é revivido e ainda assim morre novamente na explosão das Caixas Maternas — só sendo salvo porque o Flash volta no tempo. E ainda existe o detalhe de Esquadrão Suicida, onde o Bloodsport o deixou hospitalizado com um tiro de kryptonita.

Ou seja: o Superman do Cavill apanhou mais do que muita gente lembra, mas tinha uma “aura” mais séria, o que fazia ele parecer mais poderoso.

O Superman de James Gunn: poderoso, mas humano

O Superman de Corenswet é um herói no início de carreira — três anos de atividade e invicto até o início do filme. A primeira derrota dele vem contra o Ultraman, que nada mais é do que um clone genético do próprio Superman, criado e controlado por Lex Luthor.
Ou seja, o único ser capaz de vencer o Superman foi o próprio Superman! E diferente da versão do Snyder, esse Superman se segura, não destrói cidades e prioriza salvar vidas, até mesmo as de criaturas gigantes, como o kaijuu que ele tenta levar vivo para um zoológico intergaláctico.

Esse controle faz parte da essência do personagem: o Superman não é sobre brutalidade, é sobre moral, empatia e compaixão. E o filme do Gunn acerta exatamente nisso. O Lex explora essa bondade do herói, transformando o amor dele pela vida em uma fraqueza estratégica.

Mesmo assim, esse Superman mostra feitos absurdos: luta contra o Ultraman e a Engenheira ao mesmo tempo, sobrevive ao ataque de nanorrobôs, leva os inimigos pro espaço, derrota um exército de Raptors em segundos e ainda enfrenta o poder de um buraco negro, salvando o Krypto, o Baby Joey e o Metamorfo com o super sopro — tudo isso depois de estar enfraquecido pela kryptonita!

Um Superman que entende o que é ser herói

Esse Superman não é fraco. Ele é equilibrado, inteligente e emocionalmente completo. Ele entende que não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo e confia em outros heróis para salvar o mundo, inspirando-os a fazer o bem — o que é, inclusive, um dos maiores poderes do Superman.

Enquanto o Snyder mostrou um deus isolado, Gunn mostra um herói humano, inspirador e cooperativo, como o Superman dos desenhos Liga da Justiça Sem Limites. Ele apanha, sim, mas também vence e evolui.

O novo filme redefine o personagem e mostra o que realmente significa ser o Homem de Aço: não é sobre nunca cair, é sobre sempre se levantar — e continuar salvando o mundo.

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