por Cheyna Corrêa
Jar Jar Binks surgiu como o palhaço desajeitado de A Ameaça Fantasma, em 1999, e conquistou o ódio de fãs do universo Star Wars. Inspirado no Pateta da Disney, ele virou piada tão grande que, nos filmes seguintes, praticamente desapareceu. Mas o destino desse personagem é mais trágico e interessante do que você imagina.
A rejeição do público
Logo após sua estreia, Jar Jar sofreu rejeição massiva. Criado para divertir as crianças, acabou sendo alvo de xingamentos e ameaças ao ator Ahmed Best. A intensidade do ódio levou Best a se afastar da franquia, anos antes de retornar como o Jedi Kelleran Beq em The Mandalorian. Jar Jar virou símbolo do “erro” de Lucas, esquecido pela maioria dos fãs.
O destino em Le0gends
No antigo universo Legends, não mais considerado oficial, Jar Jar seguiu carreira política em Naboo. Virou senador e se manteve leal ao Império, nunca questionando Tarkin ou Palpatine. Essa submissão melancólica reduziu seu legado a um simples representante submisso, sempre ignorado pelos rebeldes.
O fim canônico pós‑Disney
Com a nova cronologia, Jar Jar aprovou a ascensão de Palpatine e foi manipulado para propor poderes de emergência ao chanceler. Depois, não conseguiu se reeleger e foi repudiado pelos Gungans. Sua última aparição canônica é em Aftermath: Empire’s End, onde vive como palhaço de rua em Coruscant, rejeitado por adultos mas adorado pelas crianças.
Uma nova amizade
Nas ruas, Jar Jar conhece o órfão Mapo, cujo trauma vem da destruição da família pelo Império. Ambos são rejeitados pela sociedade. Mapo vê em Jar Jar o companheiro perfeito e pede para aprender o ofício de palhaço. Jar Jar, tocado, aceita, encontrando redenção na amizade improvável com o garoto.
Jar Jar Binks pode ter sido vilão aos olhos de muitos, mas sua história mostra que até o personagem mais zoado tem um destino surpreendente, cheio de redenção e humanidade.
Seja o primeiro a comentar