Finalmente a gente teve uma cena de ação decente em One Punch Man! Mesmo com todos os problemas da temporada, esse foi, de longe, o melhor episódio até agora. E o pior é que eu nem vou falar da apresentação de PowerPoint que eles chamam de animação, porque o buraco é muito mais embaixo.
A real é que o episódio até trouxe algumas ideias boas, mas também cortou muita coisa importante do mangá e fez umas mudanças bem questionáveis, tipo trocar o gênero de personagem no meio da história. É cada escolha bizarra que parece que estão sabotando o anime de propósito!
Porrada, limitadores e carecas
Pelo menos dessa vez teve porradaria! A luta dos ninjas ficou maneira, deu até para fingir por uns segundos que era um anime bem animado. E ainda rolou uma explicação bacana sobre o lance dos limitadores que o Dr. Genus trouxe: basicamente, toda criatura tem uma trava natural para não evoluir demais, e o Saitama foi lá e quebrou isso no soco. O cara é tão casca grossa que fez um cientista largar a carreira e abrir uma barraca de bolinho de polvo.
Mas mesmo o mais forte dos fortes não escapou do maior inimigo da humanidade: a calvície. E além da falta de cabelo, o Saitama também sofre com a solidão — o clássico tema dos shounens, onde quanto mais forte o personagem fica, mais ele se isola. É o preço de ser o cara que derrota todo mundo com um soco só.
Monstros, cortes e confusão
Outro ponto que até ficou interessante foi a explicação sobre como funcionam os monstros nesse universo. Tem os que viram monstros por frustração, os criados em laboratório e os naturais, tipo alienígenas e vampiros. Só que o anime simplesmente cortou várias cenas que desenvolviam isso direito.
E o cúmulo foi transformarem o Estripador em mulher. Sim, você não leu errado! No meio da luta, o personagem aparece com dois peitões gigantes. Aparentemente, entre um massacre e outro, ele passou na Tailândia e fez um upgrade. E as cenas cortadas? Pior ainda.
Cortaram diálogos que explicavam o pensamento do vampiro, deixaram de fora a treta dele com o cabeludo (que virou monstro de tanto cuidar do cabelo!), limaram a tartaruguinha, o lagarto e até o xixi do moleque. Isso tudo quebra a continuidade da história e destrói qualquer chance dos personagens terem um desenvolvimento decente.
No fim das contas, quem assiste só o anime acha que ninguém tem personalidade, porque eles aparecem, apanham e somem. O roteiro fica capado, e o resultado é esse festival de cenas soltas e piadas mal colocadas. E tudo isso embalado numa “animação” de apresentação de slides.
É, galera… One Punch Man já teve dias melhores. Mas se serve de consolo, pelo menos dessa vez a gente teve um pouco de ação para distrair da bagunça. Só espero que, no próximo episódio, o estúdio lembre que anime tem que ter movimento — e não só transição de PowerPoint.


 
    

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