A 3ª temporada de ‘One Punch Man’ conseguiu a façanha que ninguém pediu: entregar o episódio com a pior avaliação da história dos animes. E não para por aí — do jeito que as coisas estão andando, essa temporada pode tranquilamente disputar o título de pior temporada já feita, seja nos animes ou em qualquer outra mídia. Se a meta era “fazer história”, parabéns: estão fazendo.
O problema é que, mesmo tentando analisar a trama, fica impossível ignorar as decisões criativas que surgem a cada semana. Por mais que se tente evitar falar da animação, a produção faz questão de inventar uma nova atrocidade visual a cada episódio. É quase um pedido de socorro para ser criticado.
Mudanças Sem Pé Nem Cabeça: O Efeito Dominó da Bagunça
Logo no começo da temporada, o estúdio decidiu remover o Royal Ripper da cena da arena, detonando toda a lógica do momento. Sem ele, diálogos ficam estranhos, personagens perdem motivação e até o Garou entra em cena como se tivesse esquecido o motivo de estar escondido — porque ninguém mais chama ele.
O Royal Ripper (Estripador) na verdade parece ser um desafeto pessoal do estúdio. Primeiro, é apagado de cenas essenciais; depois, ganha dois “peitões” do nada, provavelmente porque reaproveitaram o modelo de outra personagem e não se deram ao trabalho de ajustar o corpo. E tudo isso enquanto cenas inteiras do mangá simplesmente vão evaporando do anime.
Somando isso à famosa cena de Garou descendo o morro sem mexer os pés, já virou um catálogo de memes ambulante.
Descendo de “tobofogo” pro inferno
A 1ª temporada tinha episódios que beiravam nota 10 no IMDB. Até hoje é lembrada como uma das melhores animações de ação já feitas, com momentos icônicos como Saitama versus Boros.
Já a 2ª temporada caiu um pouco, mas ainda se segurava entre 7 e 8, mantendo um nível respeitável, mesmo não sendo tão boa quanto a primeira. Não era maravilhosa, mas passava de ano.
Agora, na 3ª temporada, tudo desabou. A maior nota é 4, e mesmo assim não dá para chamar isso de “mérito”. O ritmo despenca para 3, depois 2, e chega ao inacreditável 1,4 no episódio 6 — número tão baixo que até ‘Dragon Ball Evolution’ tem uma nota maior para vocês terem ideia.

O episódio que entrou para história
Esse episódio 6 em questão virou o novo símbolo do desastre. Logo de cara, o Atomic Samurai aparece com metade do cabelo, já que o estúdio basicamente traça por cima do mangá e desenhou só o que estava no quadrinho.
Depois vem a cena bizarra de Genos e Fubuki, onde deveriam estar subindo escadas. No mangá tem expressões, movimentos, naturalidade. No anime? 15 segundos de um PNG parado do prédio com a voz dos personagens por cima. É gambiarra atrás de gambiarra.
Genos aparece irreconhecível, King teleporta da sala até a porta, e o ápice é a cena dos heróis de classe A e B comemorando uma missão… sem mexer um músculo. Apenas a Mizuki mexe a boca quando deveria estar pulando de alegria.

Ainda prometem muitos desastres pela frente
Mesmo depois desse festival, o episódio 7 ainda conseguiu surpreender com Mizuki aparecendo com seis dedos, o que leva a gente a acreditar que até IA pode estar sendo usada na produção — só que da pior forma possível. Se a intenção era inovar, certamente conseguiram, mas não da maneira que os fãs gostariam.
Com tantos problemas acumulados, a frustração da comunidade cresce a cada semana, com notas despencando e a reputação da série afundando junto. A 3ª temporada está realmente fazendo história — mas no campeonato errado.






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