Os Vingadores vão dar lugar aos X-Men? Entenda o futuro do UCM!

Cheyna Corrêa (Texto: William Prado)

Os Vingadores vão dar lugar aos X-Men? Entenda o futuro do UCM!
Divulgação: Disney+

Por mais de uma década, os Vingadores dominaram o cinema de super-heróis. Foram eles que elevaram o gênero a outro patamar, com batalhas épicas e um legado tão forte que até a própria Marvel encontrou dificuldade para repetir a fórmula após a Saga do Infinito. Porém, com a chegada dos próximos grandes filmes e o encerramento da Saga do Multiverso, o estúdio deve se preparar para uma nova fase. E nela, talvez não haja mais espaço para os Vingadores como conhecemos.

O reboot pós-Guerras Secretas

O futuro imediato da Marvel Studios já está definido: ‘Vingadores: Doomsday’ (2026) e ‘Avengers: Secret Wars’ (2027) vão marcar a ascensão e a queda do Doutor Destino, novo grande vilão do estúdio. A promessa é encerrar os arcos multiversais e corrigir a narrativa confusa dos últimos anos, sobrecarregada por séries e filmes de qualidade irregular.

Após esse encerramento, tudo aponta para um reboot — um novo começo para os heróis nas telas. Esse movimento tem potencial para revigorar o gênero, mas também traz riscos: os filmes de super-heróis podem passar pelo mesmo desgaste que o faroeste sofreu no passado.

Entre os anos 1930 e 1950, os westerns dominaram Hollywood, mas a repetição das fórmulas desgastou o gênero. Houve tentativas de renovação nos anos 60 e 70, com os “spaghetti westerns” de Sergio Leone e Clint Eastwood, mas a produção massiva desapareceu. O faroeste se tornou algo esporádico, perdendo espaço para outros gêneros. A mesma curva pode acontecer com os super-heróis — a diferença é que a Marvel tem uma carta poderosa na manga: os X-Men.

A Era dos X-Men

Com todos os personagens agora sob o guarda-chuva do Marvel Studios, a Marvel precisa escolher qual equipe será o pilar central do UCM. O Quarteto Fantástico está chegando, mas é nos X-Men que reside o maior potencial.

Criados em 1963, os mutantes tiveram sua grande ascensão a partir dos anos 70, quando a equipe foi reformulada com Wolverine, Tempestade, Colossus e Noturno. Nos anos 80 e 90, os X-Men se tornaram o carro-chefe da Marvel nos quadrinhos, superando os próprios Vingadores em popularidade. Foi nessa fase que surgiram as sagas mais marcantes, carregadas de temas sociais como preconceito, inclusão e minorias.

Só para se ter uma ideia do impacto: X-Men #1 (1991) vendeu mais de 8 milhões de cópias, garantindo a Chris Claremont um lugar no Guinness World Records. Enquanto isso, os Vingadores ainda eram vistos como uma equipe secundária.

Em outras mídias, os mutantes também brilharam. A série animada ‘X-Men: The Animated Series’ (1992–1997) marcou uma geração e serviu de base para a recente ‘X-Men ’97’ (2024). Já no cinema, foram os X-Men que abriram caminho para a nova era dos super-heróis, com ‘X-Men’ (2000) sendo um dos primeiros grandes sucessos da Marvel nas telonas.

Mutantes no centro do UCM

Se os Vingadores carregaram o estúdio até aqui, chegou a hora dos X-Men assumirem o protagonismo. Com uma nova formação, mais jovem e repaginada, os mutantes podem ser o centro de uma nova saga que dure décadas.

Arcos icônicos como:

  • Dias de um Futuro Esquecido (1981) 
  • Massacre dos Mutantes (1986) 
  • Inferno (1988) 
  • A Queda dos Mutantes (1988) 
  • Era do Apocalipse (1995) 
  • Complexo de Messias (2007–2008) 

…são apenas alguns exemplos de histórias prontas para o cinema, capazes de render bilheterias grandiosas e trazer fôlego novo ao UCM.

O reboot pós-Guerras Secretas deve marcar a transição de bastão entre os Vingadores e os X-Men. Isso não significa que os Vingadores desaparecerão do cinema, mas que a Marvel Studios precisa de um novo rosto para carregar seu universo. E, considerando a relevância histórica, a riqueza das histórias e o impacto cultural, os X-Men são os candidatos perfeitos para assumir o posto de carro-chefe da Casa das Ideias.

A Era dos Mutantes está só começando — e promete ser tão revolucionária quanto a dos Vingadores foi na última década.

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