Oscar passa a exigir regras de inclusão para categoria de Melhor Filme

Augusto Ikeda

Oscar passa a exigir regras de inclusão para categoria de Melhor Filme

Em resposta aos movimentos sociais que ganharam força nos últimos meses, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, anunciou uma série de medidas de representatividade e inclusão para a categoria de Melhor Filme.

As novas regras serão divididas em quatro categorias: representação, temas e narrativas em tela (A); liderança criativa e time de projetos (B); acesso à indústria e oportunidades (C); e desenvolvimento de audiência (D).

Dentro de cada categoria, existem alguns critérios. Basta o filme cumprir apenas um deles para se enquadrar na exigência em questão.

Para que filmes sejam indicados ao Oscar, precisarão atender, no mínimo, duas dessas quatro categorias.

No geral, as regras exigem que possíveis indicados deem maior visibilidade e oportunidade para os seguintes grupos:

  • Mulheres
  • Pessoas da comunidade LGBTQI+
  • Pessoas com deficiências físicas e auditivas
  • Afrodescendentes
  • Asiáticos 
  • Latinos e hispânicos
  • Indígenas
  • Árabes (do Oriente Médio ou Norte da África)
  • Pessoas de origem havaiana ou polinésia
  • Pessoas de outras etnias.

Por exemplo, na categoria A, um critério exige que um dos atores principais ou coadjuvantes faça parte de um desses grupos citados acima. Outro pede para que, ao menos, 30% dos atores em papéis secundários ou menores sejam mulheres, de uma dessas etnias, da comunidade LGBTQI+ ou que tenham alguma deficiência.

Já na categoria B, um critério exige que duas posições criativas do filme (como diretor, editor, maquiador, figurinista, entre outros), sejam ocupadas por pessoas desses grupos.

“Essa abertura precisa refletir a diversa população global tanto na criação de filmes quanto com a audiência que se conecta com eles. A Academia está comprometida a ter um papel para transformar isso em realidade. Acreditamos que essas exigências de inclusão serão um catalisador para essa mudança essencial e de longo prazo em nossa indústria”, afirmaram David Rubin e Dawn Hudson, presidente e CEO da Academia, respectivamente.

Para que a indústria cinematográfica tenha tempo de se adaptar, essas exigências só passarão a valer a partir da cerimônia de 2024.

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