Chegou o trailer do reboot de Anaconda e… se você tava esperando um terror daqueles de pular da cadeira, já pode segurar o grito. O que a Sony entregou foi uma comédia pastelão no melhor estilo anos 2000, com Jack Black sendo Jack Black, Paul Rudd no modo perdido no caos e o nosso Selton Mello fazendo sua estreia em Hollywood. Mas calma lá: tem cheiro forte de Brazilian bait nesse rolê.
O que mudou no reboot?
Ao invés de refazer o clássico de 1997, a trama agora mostra um grupo de amigos na crise dos 40 que decide bancar um remake trash do terror favorito deles. Tudo no estilo gambiarra, sem grana e com efeitos improvisados. Aí, claro, dá ruim: a floresta resolve “entrar no jogo” e surge a cobra de verdade, transformando a brincadeira em luta pela sobrevivência.
Ou seja: o filme começa como zoeira e termina como Anaconda real oficial. Só que comédia é o foco, o que mata qualquer chance de suspense raiz.
E o Selton Mello?
A maior expectativa era ver Selton Mello em um blockbuster hollywoodiano, lado a lado de Jack Black e Paul Rudd. No trailer, ele aparece como um domador de animais contratado pra guiar o grupo. O problema? Ele mal dá as caras. Surgiu, ajudou os gringos e puff, sumiu.
Isso cheira a Brazilian bait: botaram Selton nos bastidores, no trailer e na divulgação pra fisgar o público brasileiro, mas tudo indica que a participação dele acaba antes do segundo ato. Nada de Selton com lança-chamas enfrentando cobra gigante. É quase um cameo de luxo.
Clássico trash vs. zoeira total
O Anaconda original virou cult justamente por ser tosco na medida certa: efeitos meia-boca, atuações canastronas e um elenco improvável que incluía Jennifer Lopez, Ice Cube, Owen Wilson e Jon Voight. Era ruim o suficiente pra ser bom.
Já o reboot assume de vez a zoeira, abraça o nonsense e entrega um Sharknado na Amazônia, com direito a trilha sonora de “My Anaconda Don’t”. É pra rir, não pra se assustar.
E pra piorar (ou melhorar, dependendo do gosto), a estreia no Brasil tá marcada pra 25 de dezembro. Natal com cobra gigante e Jack Black de bônus, quem topa trocar a ceia por isso?
Vale a pena?
Diversão? Vai ter. Jack Black + Paul Rudd sempre funcionam, e só de ver Selton Mello pisando em Hollywood já dá um orgulho nacional. Mas se você tava sonhando com o renascimento épico da franquia, pode esquecer.
O novo Anaconda não é Jurassic Park nem Tubarão. É pura zoeira pastelão, um filme que pede pra você desligar o cérebro e abraçar o absurdo.
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