O verdadeiro drama de Duna: Parte 2 reside na escolha de Paul entre aceitar seu suposto destino ou rejeitá-lo completamente.
Embora possua visões do futuro, ele sabe que assumir o papel de messias dos Fremen desencadeará uma cadeia de eventos sangrentos e inevitáveis.
A luta de Paul não é para se tornar um herói, mas para evitar o derramamento de sangue que sua aceitação implicaria.
A admissão de Paul ao seu destino e o consumo da Água da Vida, que desbloqueia sua clarividência, representam uma traição aos seus instintos.
O filme ilustra vividamente o terrível potencial de Paul para o mal, especialmente quando ele usa sua clarividência para ameaçar os Fremen. Chani se sente traída pelas ações de Paul que, ao se render à tentação do poder absoluto, mostra-se um líder ambíguo e complexo.
O desfecho trágico de Paul Atreides em Duna
O final do livro do autor Frank Herbert deixa claro que a ascensão de Paul traz consigo consequências devastadoras.
Ao se tornar uma figura quase divina para os Fremen, ele desencadeia uma guerra santa sangrenta, incapaz de conter ou restringir o ímpeto do seu povo de conquistar o universo em seu nome. A história termina com um aviso sobre o perigo dos heróis e a idolatria que os envolve.
Herbert queria desmistificar a “síndrome do super-herói” e sua participação nessa fantasia.
Duna: Parte 2 captura essa intenção, desafiando as expectativas do cinema épico de ficção científica e convidando o público a questionar suas próprias expectativas sobre heróis e salvadores.
Ao mergulhar nas camadas de Duna, é evidente: Paul Atreides transcende a dicotomia simples de herói e vilão, apresentando-se como um personagem profundamente humano e tragicamente falho.
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