Uma petição criada por Luís Rodrigues, professor e influenciador digital brasileiro, está gerando grande repercussão nas redes sociais. Em apenas uma semana, o abaixo-assinado contra a proibição do uso de celulares nas escolas já soma mais de 1,5 milhão de assinaturas.
A medida, sancionada recentemente, estabelece que os alunos devem guardar seus dispositivos móveis durante o período letivo, até mesmo nos intervalos.
Rodrigues, que se tornou conhecido pelo seu perfil @olha.professor no TikTok, não pede o cancelamento completo da lei, mas sim uma revisão da normativa.
Em um vídeo de mais de 10 minutos, ele explicou sua visão e já alcançou mais de 6 milhões de visualizações, além de provocar um aumento significativo na adesão ao movimento.
“Não é sobre a total anulação, mas sobre a revisão”, afirmou Luís, que acredita que a implementação gradual da medida seria mais eficaz.
Segundo ele, as escolas enfrentam dificuldades para armazenar os aparelhos e uma abordagem mais educacional sobre o uso responsável da tecnologia nas aulas poderia ser uma solução.
Luís propõe, ainda, que as instituições de ensino realizem atividades pedagógicas focadas em temas como conscientização sobre cyberbullying, identificação de fake news e cuidados com golpes digitais.
Para ele, a tecnologia pode ser uma aliada importante no processo de modernização da educação, trazendo oportunidades para o aprendizado e a inclusão.
Em relação à nova lei, que começa a valer no início de 2025, Rodrigues destaca que os alunos não deveriam ser proibidos de usar seus celulares em qualquer momento, desde que o uso seja bem orientado e consciente.
Ele argumenta que a restrição total pode não ser a melhor estratégia para o desenvolvimento de competências digitais, especialmente no cenário atual.
A Lei Federal 15.100 já permite o uso de celulares em determinadas situações pedagógicas, mas o Ministério da Educação, ouvido pela Folha de São Paulo, reforçou que a autonomia das escolas será fundamental para a implementação da medida.
“Cada rede de ensino e escola, pública ou privada, poderá definir suas próprias estratégias de aplicação das regras”, afirmou o ministério.
A polêmica envolvendo o uso de celulares nas escolas reflete uma discussão maior sobre o equilíbrio entre o uso da tecnologia e seus potenciais efeitos negativos.
Embora muitos reconheçam os riscos associados ao uso excessivo de aparelhos móveis, a opinião de Luís Rodrigues e seus seguidores é clara: a tecnologia não deve ser apenas proibida, mas sim utilizada de forma responsável e educativa.
A petição de Rodrigues segue ganhando força, e o debate sobre o futuro do uso de celulares nas escolas continua a se expandir, trazendo à tona questões fundamentais sobre a integração da educação digital no Brasil.
Fonte: Folha de São Paulo
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