Planeta Tatooine existe? Cientistas descobrem astro com dois sóis semelhante ao de ‘Star Wars’

Cheyna Corrêa

A ficção científica acaba de dar um passo gigantesco em direção à realidade, fazendo a alegria dos fãs da saga criada por George Lucas. Se você sempre sonhou em ver aquele pôr do sol duplo icônico que Luke Skywalker observa com melancolia em Star Wars: Uma Nova Esperança, saiba que o universo acaba de entregar algo muito parecido. Uma equipe internacional de astrônomos confirmou a descoberta de um planeta que orbita dois sóis simultaneamente, um fenômeno raro e fascinante conhecido como sistema circumbinário.

Essa novidade não serve apenas para encantar os entusiastas da cultura pop, mas também fornece dados cruciais para a ciência moderna. A descoberta ajuda a entender como corpos celestes conseguem sobreviver e se formar em ambientes gravitacionais tão complexos e caóticos.

Um pôr do sol duplo em Tatooine – Imagem/Reprodução/Lucasfilm

O verdadeiro Tatooine: Conheça o BEBOP-1c

O astro em questão recebeu o nome técnico de BEBOP-1c (localizado no sistema TOI-1338). No entanto, antes que você prepare as malas esperando encontrar um deserto cheio de Jawas e Tusken Raiders, vale um aviso importante. Diferente do Tatooine visto nos filmes, este planeta é um gigante gasoso. Isso significa que ele não possui uma superfície sólida onde se pudesse caminhar.

Mesmo assim, o espetáculo visual seria idêntico ao da franquia Star Wars. Quem estivesse em uma hipotética lua ou estação espacial próxima, veria dois sóis de tamanhos diferentes no céu: um similar ao nosso Sol e outro menor e menos brilhante. O sistema já era conhecido por abrigar outro planeta, o TOI-1338b, tornando-se apenas o segundo sistema circumbinário com múltiplos planetas já registrado na história.

Foto: NASA JPL-Caltech/ASU/MSSS

Como a descoberta foi feita?

Encontrar um planeta nessas condições é uma tarefa hercúlea, digna de um Mestre Jedi. A presença de duas estrelas cria uma confusão de sinais nos telescópios, exigindo cálculos matemáticos avançados. Liderada por pesquisadores da Universidade de Birmingham, a equipe utilizou o método de velocidade radial.

Enquanto a maioria dos exoplanetas é achada quando passa na frente da estrela (diminuindo seu brilho), o BEBOP-1c foi identificado através do balanço gravitacional que ele causa em seus sóis. Para isso, foram utilizados instrumentos poderosos como o ESPRESSO, instalado no Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul.

Foto: NASA Mars Exploration Program

O futuro da exploração

Embora o planeta esteja a cerca de 1.300 anos-luz de distância da Terra, o que inviabiliza uma visita do nosso “Millennium Falcon” atual, a descoberta abre portas incríveis. O uso de tecnologias como o telescópio James Webb pode, no futuro, analisar a atmosfera desses mundos. Isso ajudará a verificar se luas ou planetas vizinhos menores poderiam abrigar condições favoráveis à vida.

Além do fator curiosidade, entender o BEBOP-1c ajuda os cientistas a refinar os modelos de formação planetária, provando que a galáxia é muito mais vasta e surpreendente do que imaginávamos.

E você, moraria em um planeta com dois sóis ou prefere o nosso bom e velho sistema solar? Comente aqui pra gente!

COMPARTILHE Facebook Twitter WhatsApp

Leia Também


ASSINE A NEWSLETTER

Aproveite para ter acesso ao conteúdo da revista e muito mais.

ASSINAR AGORA