Por que chegou a hora de encerrar a franquia Velozes e Furiosos?

Augusto Ikeda

Por que chegou a hora de encerrar a franquia Velozes e Furiosos?

Quando o primeiro Velozes e Furiosos chegou aos cinemas, no meio de 2001, o filme se tornou um sucesso surpreendente e chegou a arrecadar US$ 207 milhões de bilheteria. Apesar disso, ninguém iria imaginar que a franquia acabaria se tornando uma das mais populares do cinema atualmente. Cada filme lucrou cada vez mais, sendo que Velozes e Furiosos 7 chegou a marca de US$ 1,5 bilhão ao redor do mundo, se tornando a sexta maior bilheteria da história.

Mas apesar do lançamento de Velozes e Furiosos 8, que acontece nesta quinta-feira (13), talvez seja melhor para a série encerrar seu ciclo num futuro próximo.

Apesar dos títulos anteriores da série chamarem a atenção do público, o sucesso de Velozes e Furiosos 7 pode ser considerado o ápice da série. O filme reuniu estrelas como Vin Diesel, Jason Statham e Dwayne “The Rock” Johnson, além do veterano Kurt Russell, o que o fez parecer uma espécie de “Mercenários Júnior.”

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Só que tal aproximação já provou ter suas limitações em longo prazo, e criar uma linha de filmes que aparenta não ter fim, utilizando tal filosofia, é uma forma de desgastar a franquia, até mesmo para seus fãs.

A morte de Paul Walker

Além disso, por mais trágica que tenha sido a morte do ator Paul Walker, é possível dizer que os números de bilheteria de Velozes e Furiosos 7 foram impulsionados pelo desejo dos fãs de verem sua última aparição na série, além da curiosidade de descobrir como Brian O’Conner deixaria a história.

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Esses momentos comoventes – que serviram de inspiração para o hit “See You Again”, de Wiz Khalifa – provaram ser os mais emocionantes da história de Velozes e Furiosos. Acabou adicionando certo sentimentalismo a um filme cheio de cenas de ação exageradas e com uma história secundária melodramática,  que envolve a amnésia da personagem Letty (interpretada por Michelle Rodriguez).

Essa profunda e sincera despedida de Walker/O’Conner encerra uma dinâmica entre personagens que sempre foi um dos carros-chefes da franquia. Existe uma razão para muitos fãs considerarem + Velozes, + Furiosos e Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio os filmes mais fracos da série: são os únicos que não tem a presença de Dominic Toretto (interpretado por Vin Diesel) e Brian O’Conner juntos.

Novos rumos são necessários

Com o fim do “bromance” entre Toretto e O’Conner, bem como a saída de Mia Toretto (interpretada por Jordana Brewster) por conta da ausência de O’Conner, a franquia terá de mudar seu foco nos dois protagonistas restantes do filme original: Dom e Letty. O romance entre os dois já teve seus altos e baixos desde que eles retornaram a franquia em 2009, e agora que estão casados, é possível que haja pouca razão emocional para manter a franquia andando a todo vapor.

Deckard Shaw (interpretado por Jason Statham) foi o vilão do sétimo filme, e retornará para o oitavo. Mas esse ciclo de vingança deve se desgastar rapidamente, o que significa que medidas drásticas devem ser feitas para que Velozes e Furiosos continue na ativa.

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A Universal, responsável por Velozes e Furiosos, com certeza encontrou uma franquia valiosa, e é improvável que queira abrir mão dela logo. Mas precisará estabelecer uma data para seu fim em um futuro próximo. Alguns rumores dizem que o décimo filme deve ser o ponto final da série, o que daria aos produtores um tempo para explorar seus personagens e ganhar mais alguns bilhões de dólares, antes de colocá-la para dormir.

Como a franquia está demonstrando ter sinais de cansaço criativo, essa talvez seja a melhor decisão. E, claro, isso não inclui o desenvolvimento de uma série de filmes do personagem Luke Hobbs (interpretado por Dwayne Jonhson), que já é alvo de rumores há algum tempo, bem como a expansão da série em um universo cinematográfico.

Texto adaptado do artigo de Robert Yaniz Jr., para o site CheatSheet

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