Porta dos Fundos: Justiça ordena que Netflix retire o Especial de Natal do ar

José Elias Mendes

Porta dos Fundos: Justiça ordena que Netflix retire o Especial de Natal do ar

Um recente conteúdo original brasileiro na Netflix causou muito furor e burburinho nas redes sociais: trata-se do filme A Primeira Tentação de Cristo, do grupo de humor Porta dos Fundos. Depois de muita polêmica, a Justiça do Rio de Janeiro ordenou que a plataforma retire o filme do ar. A decisão saiu nesta quarta-feira (8) e as informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal ‘O Globo’.

A produção especial de Natal é uma comédia que tem um Jesus Cristo homossexual como protagonista e se tornou o centro de acaloradas discussões na web.

Quem acionou a Justiça foram diversos líderes e grupos religiosos brasileiros, que se sentiram ofendidos pela produção. Em primeira instância, o pleito havia sido negado. Agora acatado, ainda cabe recurso quanto à decisão.

A medida atende, especificamente, a um pedido feito pela Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura. Em seu voto, o desembargador argumentou que a retirada do vídeo seria “benéfica para acalmar os ânimos da sociedade brasileira, majoritariamente cristã”. Cabe citar que a decisão foi uma liminar, ou seja, provisória.

“Por todo o exposto, se me aparenta, portanto, mais adequado e benéfico, não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã, até que se julgue o mérito do agravo, recorrer-se à cautela, para acalmar ânimos, pelo que concedo liminar na forma requerida”, disse o texto.

A assessoria de imprensa da Netflix informou que a empresa ainda não foi notificada e que não vai se pronunciar.

A polêmica

Logo que A Última Tentação de Cristo entrou no ar pela Netflix, iniciaram-se as polêmicas na internet. A própria sinopse diz que esse é “um especial de Natal tão errado que só podia ser do Porta dos Fundos”. Mesmo assim, esse suposto romance gay de Jesus Cristo revoltou muitos grupos cristãos.

De um lado, muita gente se sentiu ofendida, considerando que os assuntos religiosos não deveriam ser tratados dentro do universo do humor. Do outro lado, argumenta-se que a produção tem o intuito de ser engraçada e não tenta ofender ninguém. No meio, há quem acredite apenas que o filme não seja bom.

A decisão negativa da Justiça em primeira instância chegou a motivar um ataque terrorista à sede do grupo na cidade do Rio de Janeiro. O local foi atacado na madrugada do dia 24 de dezembro, com coquetéis molotov. Leia mais clicando aqui.

Nas redes sociais brasileiras, após a decisão desta quarta-feira (8), além do vocábulo ‘Porta’, a palavra ‘Censura’ também está entre os assuntos mais comentados da noite no Twitter. Confira algumas reações dos usuários:

https://twitter.com/laura_hav/status/1215026047063908353

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