Dentre todas as homenagens prestadas ao físico Stephen Hawking, morto na madrugada da última quarta-feira (14), uma se sobressaiu de forma negativa entre os internautas: a de Gal Gadot.
“Descanse em paz, doutor Hawking. Agora você está livre de quaisquer restrições físicas. Suas inteligência e sabedoria serão celebradas para sempre”, escreveu a atriz Gal Gadot, a atriz de Mulher-Maravilha, em seu Twitter.
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Muitos usuários da rede social disseram que suas palavras eram discriminatórias contra pessoas com deficiência. Alguns ressaltaram que deficiências não deveriam ser vistas como circunstâncias que inibem a pessoa de viver e das quais se livrarão ao morrer.
Aos 21 anos, em 1963, Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença neuromotora degenerativa que o levou a usar uma cadeira de rodas para se locomover e um sintetizador de voz para se comunicar.
Na época de seu diagnóstico, Stephen Hawking recebeu uma expectativa de vida de dois anos. A doença, no entanto, não o impediu de viver até os 76 anos e se tornar um dos cientistas mais conhecidos depois de Einstein.
Confira a homenagem de Gal Gadot e os reações dos seguidores:
https://twitter.com/GalGadot/status/973919102174711809
Tradução: Descanse em paz, doutor Hawking. Agora você está livre de quaisquer restrições físicas. Suas inteligência e sabedoria serão celebradas para sempre.
Ms. Gadot, he will always be remembered for his brilliance and humor despite his physical condition. I must disagree however, with a mind like his, he had no physical constants. He took trips through space, time and dimensions that we could not even imagine. May he Rest In Peace.
— Rev. Gary Conkle (@nthdeegree) March 14, 2018
Tradução: Senhorita Gadot, ele sempre será lembrado pela sua inteligência e senso de humor apesar de sua condição física. Eu preciso discordar que, no entanto, ele não tinha restrições físicas com uma mente como a dele. Ele fez viagens através do espaço, tempo e dimensões que nós não poderíamos nem imaginar. Que ele descanse em paz.
Gal I am chronically ill. Can't shower or even get myself out of bed. Lost 18 years thus far. But I ran a charity funding research for my illness #ME and advocate for Change. All from my bed. Is my life not important? Disablement is not shameful, bigotry is. Watch @unrestfilm pls
— amara campbell (@amaracampbell) March 14, 2018
Tradução: Gal, eu tenho uma doença crônica. Eu não consigo tomar banho sozinha nem sair da cama. Já estou assim há 18 anos. Mas eu cuido de um fundo de caridade para patrocinar pesquisas sobre minha doença e luto por mudanças. Tudo isso da minha cama. Minha vida não é importante? Deficiência não é vergonha, intolerância sim.
https://twitter.com/NeedsNYC/status/973930575580057601
Tradução: Pare de fazer a morte parecer como uma alternativa positiva a viver com deficiência. Sua atitude deixa a vida de pessoas com deficiência mais difícil do que qualquer outra coisa.
I think you’re fantastic Gal but this tweet is very ableist. His physical constraints didn’t stop him from changing the world. People with disabilities don’t wish for death to be free of their challenges. We wish to be valued for what we CAN do, not pitied for we can’t.
— Zimmy (@ABZimm) March 14, 2018
Tradução: Eu te acho fantástica, Gal, mas seu tuíte não é muito honesto. As restrições físicas do Hawking não o impediram de mudar o mundo. Pessoas com deficiência não torcem para que a morte as livre de seus desafios. Nós queremos que as pessoas nos amem pelo que PODEMOS fazer, não que tenham pena de nós pelo que não podemos.
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