Predador: Terras Selvagens quebra recordes e redefine a franquia com ação e inovação

William Prado

Predador: Terras Selvagens quebra recordes e redefine a franquia com ação e inovação
Predador: Terras Selvagens - 20th Century Studios.

A decisão de colocar Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi), um guerreiro Yautja, como protagonista em “Predador: Terras Selvagens” parecia ousada. Pela primeira vez em quase 40 anos, o temido caçador alienígena deixava de ser a ameaça para se tornar o centro da narrativa. 

Antes do lançamento, parte do público demonstrava desconfiança com o novo design do personagem e com o rumo diferente da história. 

Mas o resultado surpreendeu: o longa estreou com US$ 80 milhões nas bilheterias mundiais, o maior lançamento da história da franquia

O desempenho foi equilibrado — US$ 40 milhões nos Estados Unidos e US$ 40 milhões no exterior — superando facilmente o recorde anterior de “O Predador” (2018), que havia somado US$ 73,5 milhões em sua estreia global. 

As projeções iniciais previam um início modesto, entre US$ 25 e 30 milhões, mas o novo capítulo ultrapassou todas as expectativas e reacendeu o interesse mundial pelo universo dos caçadores alienígenas.

Todos os motivos por trás do sucesso

O sucesso estrondoso de “Predador: Terras Selvagens” não aconteceu por acaso. Diversos fatores se combinaram para transformar o que parecia uma aposta arriscada em um fenômeno de bilheteria. 

Entre eles, destaca-se o boca a boca extremamente positivo. O longa conquistou 85% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota A- no CinemaScore, o maior índice da franquia.

A satisfação do público logo se espalhou nas redes sociais e nas conversas cotidianas, convertendo a curiosidade inicial em um interesse massivo por assistir à produção nas telonas. 

Outro ponto decisivo foi a presença de Dan Trachtenberg, que já havia conquistado os fãs com “Predador: A Caçada” (2022) e “Predador: Assassino de Assassinos”

Esses filmes anteriores conseguiram reconectar o público à essência da franquia, inserindo o espectador no universo dos Yautja de forma envolvente — algo que nenhum título havia feito desde o clássico com Arnold Schwarzenegger. 

Cada nova produção trouxe sensações de descoberta, mistério e expansão do mundo predador, o que pavimentou o caminho para o sucesso atual. 

Com isso, “Predador: Terras Selvagens” se consolidou como um novo capítulo a ser acompanhado de perto, e não apenas mais uma tentativa de repetir a fórmula original.

A ideia de uma possível conexão entre os universos de “Predador” e “Alien” também contribuiu para o interesse crescente. 

A promessa de um novo mundo interligado, baseado em mitologias conhecidas, mas com perspectivas inéditas, oferece ao público a combinação perfeita entre nostalgia e inovação

Outro acerto foi a classificação indicativa PG-13, inédita para a franquia principal. Ao reduzir a violência gráfica sem perder a intensidade das batalhas, o filme conseguiu ampliar seu público, incluindo adolescentes e famílias. 

Isso abriu espaço para uma nova geração de espectadores conhecer a saga, impulsionando ainda mais o desempenho comercial. Por fim, a confiança conquistada pelo diretor foi essencial. 

Após o sucesso de suas produções anteriores, Trachtenberg consolidou-se como um nome de credibilidade dentro da franquia, equilibrando respeito às origens e inovação narrativa.

Seu trabalho garantiu um filme visualmente impactante e narrativamente seguro, com ritmo e emoção na medida certa.

Um novo marco para o universo Predador

Com ação equilibrada, ótima recepção crítica, direção consolidada e uma estratégia inteligente de expansão, “Predador: Terras Selvagens” quebrou recordes e redefiniu o futuro da franquia

Mais do que apenas sucesso de bilheteria, o filme confirma que o público continua faminto por boas histórias ambientadas no universo dos Yautja — e abre caminho para novas explorações interplanetárias, possivelmente conectadas a outras sagas lendárias da ficção científica.

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