Quando Teremos Bons Filmes de Games?

Bernardo Stamato

Quando Teremos Bons Filmes de Games?

Todo mundo sabe que filmes de jogos são ruins, mas por quê? A maioria deles é ruim por causa do baixo orçamento, diferenças com o jogo original ou a superficialmente dos personagens retratados. A crescente popularidade dos videogames pode estar mudando esse quadro e orçamentos maiores e direção de maior qualidade podem estar a caminho. Esperamos que os próximos filmes de Warcraft, Assassins Creed e Mortal Kombat não cometam tais erros.

Até agora, os filmes que têm mais ou menos sucesso em sua conversão a partir de jogos nunca ganharam nenhum Oscar, mas pavimentaram o caminho pra melhoria. Um tal filme é Halo: Fall of Reach, baseado no romance “prequel” de Halo com o mesmo título, escrito por Eric Nylund. Talvez o mérito do filme resida no material de origem ser um livro em vez de um jogo, mas ainda assim, Fall of Reach é quase inteiramente preciso pros personagens, ambientação e “lore” da série de jogos. Dra. Catherine Halsey é uma personagem recorrente nos jogos e ela parece e age exatamente como deveria no filme. Os animadores certamente estavam familiarizados com o jogo. As origens dos Spartans, da Dra. Hasley e do Covenant são bastante precisas e o filme é crível e lógico. Essa narrativa poderia ter sido executada de forma mais suave, no entanto, e usado menos exposição. Muitas vezes era difícil de decifrar quem estava contando a história e por que ele estava contando, em vez do personagem principal, John, ou até mesmo Hasley. No entanto, o filme apresenta um personagem principal evidente em John e até mesmo permite experiências que o mudam enquanto a história se desenrola.

halo filme

Dito isto, é fácil fazer uma adaptação ruim – tanto de games quanto de quadrinhos ou livros. Um exemplo emblemático é o filme Super Mario Bros. de 1993. Embora este filme não cometa o pecado da narração excessiva, a história não poderia estar mais longe da fonte de origem. Em vez da história usual de resgatar a Princesa Peach do malvado Bowser, Super Mario Bros. apresenta um universo paralelo com dinossauros “evoluídos”. Criar um universo único baseado no jogo do Super Mario Bros. é OK, mas este filme fez uma bagunça espetacular. Os dinos “evoluídos” substituem os inimigos do jogo, principalmente os Goombas e nada é explicado durante a história. Há também um rei e ele foi “devoluído” pela arma de Bowser, que o transformou em fungo. Não há muito mais contexto do que isso. E os personagens Mario e Luigi não refletem os seus homólogos dos jogos e são igualmente superficiais – os atores inclusive contaram que bebiam antes de entrar no set. De videogame, só o título mesmo.

Apesar de Super Mario Bros. ser um exemplo horrendo, há redenção em filmes como Halo: Fall of Reach. As adaptações cinematográficas de videogames não precisam ser ruins. Além disso, com jogos se tornando mais e mais cinematográficos, as compilações de cutscenes no YouTube já quase são filmes. Vamos esperar que Warcraft, Assassins Creed e Mortal Kombat acabem mais como Fall of Reach e menos como Super Mario Bros.

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