Quentin Tarantino lamenta nunca ter trabalhado com o ator Lee Van Cleef, ícone dos faroestes italianos.

Andre Cananea

Quentin Tarantino lamenta nunca ter trabalhado com o ator Lee Van Cleef, ícone dos faroestes italianos.
Tarantino (Reprodução/Sony Pictures)

Quentin Tarantino é conhecido por resgatar nomes esquecidos de Hollywood e dar novo fôlego a suas carreiras — foi assim com John Travolta em Pulp Fiction: Tempo de Violência, Pam Grier em Jackie Brown e David Carradine em Kill Bill. Mas há um astro do velho oeste que o cineasta lamenta profundamente não ter tido a chance de dirigir: Lee Van Cleef (1925-1989).

Durante sua participação no programa The Director’s Chair, apresentado por Robert Rodriguez em 2014, Tarantino foi questionado sobre quem considerava “o ator mais durão de todos os tempos”. Sem hesitar, o diretor respondeu: “Lee Van Cleef”, explicando que estava “numa verdadeira fase Van Cleef” naquele período.

Lee Van Cleef em ‘Três Homens em Conflito’ (Divulgação/Fox)

Famoso por interpretar vilões em faroestes dos anos 1950 e 1960, Lee Van Cleef construiu sua imagem de “homem de chapéu preto” em produções como Matar ou Morrer (1952) e O Homem que Matou o Facínora (1962). No entanto, foi nos spaghetti westerns de Sergio Leone que ele se consagrou definitivamente, estrelando ao lado de Clint Eastwood em Por Uns Dólares a Mais (1965) e Três Homens em Conflito (1966).

Tarantino lamentou nunca ter conseguido trabalhar com o ator, que morreu em 1989, antes mesmo de o diretor estrear com Cães de Aluguel (1992). Na entrevista, ele declarou:

Eu realmente gostaria de ter trabalhado com Lee Van Cleef naquele período entre 1969 e 1970.

Com seu olhar cortante e feições angulosas, Van Cleef se tornou o rosto definitivo dos vilões do faroeste. Ele mesmo dizia não se cansar de interpretar personagens malignos. Em uma entrevista a Johnny Carson em 1984, o ator comentou:

Eles têm profundidade, especialmente quando conseguimos misturar um pouco de simpatia às coisas horríveis que fazem

O legado de Van Cleef atravessou gerações e inspirou personagens modernos, como o caçador de recompensas Cad Bane em Star Wars: A Guerra dos Clones e a serpente Rattlesnake Jake em Rango.

Rattlesnake Jake (reprodução)

John Carpenter, outro fã dos faroestes clássicos, chegou a realizar o sonho que Tarantino não pôde: em 1981, escalou Van Cleef para interpretar o Comissário Bob Hauk em Fuga de Nova York.

O ator como Bob Hauk em ‘Fuga de Nova York’ (Reprodução)

Embora Tarantino nunca tenha tido sua “Lee Van Cleef picture”, o diretor deixou claro o quanto o ator influenciou sua visão de cinema e de personagens. Para o criador de Django Livre, Lee Van Cleef foi — e continua sendo — o maior vilão que o faroeste já produziu. Com informações da Slashfilm.com.

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