Dentre os nomes mais populares do crime organizado nas Américas, todos são homens. Isso vai mudar a partir de abril, quando chegará ao Brasil o filme A Rainha da Cocaína. O longa conta a história de Griselda Blanco, a mulher mais temida pelos criminosos do narcotráfico de Miami.
“Essa é a história de uma mulher que se tornou bem-sucedida em um mundo masculino. Ela era inteligente e foi capaz de se tornar uma das pessoas mais influentes no jogo das drogas”, falou Guillermo Navarro, diretor do filme, ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’.
Griselda Blanco nasceu na Colômbia e se mudou para os Estados Unidos no começo de sua vida adulta. Se envolveu com o tráfico de drogas e se tornou uma das maiores traficantes da droga originária do seu país natal. Adotou uma postura agressiva contra os cartéis adversários e acredita-se que esteja ligada a 200 mortes.
A senhora do crime é interpretada por Catherine Zeta-Jones. “Foi uma oportunidade incrível trabalhar com a Catherine, uma atriz maravilhosa. Juntos pudemos tirar o melhor desse personagem e falar dela como mulher e ser humano”, falou Navarro.
O diretor ressaltou, durante um bate-papo com jornalistas, que as cenas que contam a infância de Griselda são muito importantes para se compreender a sua personalidade. “É preciso entender a psicologia de crianças que são cercadas de violência e não conseguem ter empatia, por isso são capazes de cometer todas essas atrocidades quando crescem”.
“Foi importante para mim começar o filme com uma história de sua infância. Muitos dos criminosos famosos têm sua história por causa das raízes de infância. Saber que ela foi prostituída quando criança e matou uma pessoa aos onze anos, isso marca sua identidade e a partir disso a história se desenvolve”.
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