A volta do Steve Rogers vai ajudar o MCU?

Vinicius Miranda

O retorno de Chris Evans como Capitão América em ‘Vingadores: Doutor Destino’ aponta uma possível solução para um desafio recorrente do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU). A confirmação da presença do personagem no filme estabelece uma direção para a continuidade do legado de Steve Rogers, sugerindo caminhos narrativos que podem se estender pelas próximas produções da franquia.

Evans se tornou um dos principais rostos da Marvel Studios, tendo estrelado diversas produções marcantes do MCU, como ‘Capitão América 2: O Soldado Invernal’. Sua volta acontece em um momento de instabilidade da saga atual, conhecida como Saga do Multiverso, marcada por divisões entre público e crítica. Embora os detalhes sobre o papel de Rogers em ‘Vingadores: Doutor Destino’ não tenham sido divulgados, o fato de o personagem retornar indica importância narrativa dentro da nova fase.

Entre 2011 e 2019, Evans interpretou o Capitão América em pelo menos um filme por ano, iniciando em ‘Capitão América: O Primeiro Vingador’ e concluindo seu arco inicial em ‘Vingadores: Ultimato’. Essa constância ajudou a estabelecer o personagem como uma presença recorrente do MCU. Sua ausência após 2019 coincidiu com um período em que a franquia passou a lidar com tramas mais descentralizadas e lançamentos percebidos como menos coesos quando comparados à fase anterior, conhecida como Saga do Infinito.

Capitão América – Divulgação / Marvel Studios

No contexto da nova saga, o retorno do Capitão América reacende o debate sobre a importância de figuras centrais para manter linhas narrativas contínuas. Uma menção feita no texto original destaca que Kevin Feige associou o desempenho inferior de ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’ à substituição de Evans no papel principal, apontando que o afastamento de Steve Rogers teve impacto no interesse do público.

A estreia recente de Evans interpretando outra variante de personagem em ‘Deadpool & Wolverine’ trouxe o ator de volta ao MCU de forma pontual. Porém, é o retorno como Steve Rogers em ‘Vingadores: Doutor Destino’ que representa mudança estrutural na franquia. A aparição do herói tem potencial para revitalizar o interesse do público no próximo filme dos Vingadores.

A revelação presente no teaser de ‘Vingadores: Doutor Destino’ amplia essa perspectiva ao informar que Steve Rogers e Peggy Carter tiveram um filho. O personagem é apresentado como elemento narrativo que pode conectar o passado e o futuro do MCU. Essa possibilidade dá forma a uma alternativa para a continuidade do legado do Capitão América, sem recorrer ao recast direto.

Diante da expectativa por ‘Vingadores: Guerras Secretas’, filme que deve reformular aspectos do universo cinematográfico, a existência do filho de Steve Rogers cria oportunidade para integrar continuidade sem substituir diretamente o Capitão América clássico. A proposta se alinha a outra pista já estabelecida no MCU, envolvendo o filho de T’Challa, também carregando o mesmo nome. As situações indicam tentativas da Marvel em apresentar novos herdeiros narrativos para os papéis icônicos.

Caso o MCU avance nessa direção, esse caminho poderá sustentar narrativas conectadas a figuras simbólicas, mantendo ligações temáticas enquanto renova suas lideranças internas. A continuidade do legado do Capitão América por meio de seu filho estabelece uma forma de preservar o personagem sem recriar sua história através de outro ator interpretando Steve Rogers diretamente. Assim, a participação de Chris Evans em ‘Vingadores: Doutor Destino’ marca momento estratégico para a Marvel Studios dentro da reconstrução da saga.

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