O diretor Ryan Coogler revelou detalhes inéditos sobre os bastidores de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” e explicou por que Chadwick Boseman não chegou a ler o roteiro do filme antes de sua morte. Segundo o cineasta, o ator estava debilitado demais para acompanhar o material, situação que marcou profundamente o desenvolvimento da sequência do longa da Marvel Studios.
Após o sucesso histórico de “Pantera Negra”, que arrecadou cerca de US$ 1,35 bilhão mundialmente, a produção de uma continuação era considerada inevitável. No entanto, a realidade por trás dos bastidores foi muito mais delicada do que o público imaginava. Em entrevista ao podcast “Happy Sad Confused”, apresentado por Josh Horowitz, Coogler explicou que chegou a finalizar o roteiro de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” antes da morte de Boseman, mas que o ator não teve condições físicas de lê-lo.
Segundo o diretor, Chadwick estava “doente demais” naquele período e já se encontrava em um estado no qual simplesmente “não seria possível” acompanhar o texto. A revelação trouxe à tona o quanto a situação de saúde do ator era grave, algo que permanecia restrito a um círculo muito próximo.
Coogler também compartilhou o impacto emocional causado pela perda do ator, afirmando que a morte de Boseman o afetou profundamente. Ele revelou que só após o falecimento do amigo soube, por meio da família e de pessoas próximas, o quanto significava para ele. O diretor descreveu esse momento como algo que o abalou profundamente, especialmente ao perceber que a admiração era mútua.
Durante as filmagens do primeiro “Pantera Negra”, Coogler contou que frequentemente se sentia inseguro, acreditando que poderia ser substituído a qualquer momento. Essa insegurança era tão constante que ele chegava a verbalizar esse medo no set. Foi então que Chadwick Boseman o chamou de lado e pediu para que ele parasse com aquele tipo de pensamento. Segundo o diretor, o ator afirmou com firmeza que jamais permitiria que aquilo acontecesse.
O cineasta relatou que, mesmo quando insistia que realmente sentia aquela insegurança, Boseman o encarava e dizia que não deixaria nada daquilo acontecer. Para Coogler, esse gesto simbolizava a força e a proteção que o ator exercia nos bastidores, reforçando o impacto humano que ele teve em todos ao seu redor.
A morte de Chadwick Boseman, vítima de câncer aos 43 anos, foi descrita por Coogler como algo que o abalou de forma profunda e permanente. Ele afirmou que ver alguém tão forte perder a batalha contra a doença foi uma experiência devastadora, que deixou marcas emocionais duradouras.
Após o falecimento do ator, a Marvel Studios decidiu reformular completamente o roteiro de “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”. Em vez de substituir o intérprete de T’Challa, o estúdio optou por seguir a narrativa com Shuri, personagem vivida por Letitia Wright, assumindo o manto do herói. Mesmo ausente fisicamente, a presença de Boseman continuou sendo sentida por todo o elenco e pelos fãs.
Lançado posteriormente, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” arrecadou aproximadamente US$ 859,2 milhões nas bilheteiras mundiais, com um orçamento estimado acima de US$ 200 milhões. O longa também alcançou 84% de aprovação no Rotten Tomatoes e rendeu a Angela Bassett o Globo de Ouro e o Critics’ Choice Award por sua atuação como Ramonda.
Após o filme, Ryan Coogler dirigiu apenas mais um projeto, “Pecadores”, que se destacou como uma das maiores surpresas de bilheteria de 2025, arrecadando cerca de US$ 368 milhões e conquistando aprovação quase unânime da crítica. O diretor já está confirmado no comando de “Pantera Negra 3”, que contará com Denzel Washington no elenco. A produção ainda não tem data oficial de estreia, mas a expectativa é de que chegue aos cinemas por volta de 2028.
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