As Marvels finalmente faz sua estreia no Disney+, após se consagrar como a performance mais decepcionante em termos de bilheteria na história do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). O que levou a essa situação sem precedentes?
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Na estreia, o filme arrecadou apenas US$ 47 milhões nos Estados Unidos, encerrando sua jornada nos cinemas com uma arrecadação total de US$ 206 milhões.
Isso representa um revés financeiro significativo para a Disney, considerando o orçamento de produção de US$ 270 milhões.
O novo filme da Marvel, As Marvels, conta com um elenco estelar, incluindo Carol Danvers/Capitã Marvel (interpretada por Brie Larson), Kamala Khan/Ms. Marvel (Iman Vellani) e Monica Rambeau (Teyonah Parris), que adota o alter ego de Fóton.
O filme não só dá continuidade à saga da Capitã Marvel, como também segue os eventos da série Ms. Marvel do Disney+, que introduziu Kamala Khan ao grandioso UCM.
A sinopse oficial revela: “Carol Danvers, também conhecida como Capitã Marvel, recuperou sua identidade dos tirânicos Krees e se vingou da Inteligência Suprema. Mas as consequências não intencionais levam Carol a carregar o fardo de um universo desestabilizado“.
Prossegue, detalhando: “Quando seus deveres a enviam para um buraco de minhoca anômalo ligado a um revolucionário Kree, seus poderes se confundem com os da sua superfã de Jersey City, Kamala Khan, também conhecida como Ms. Marvel, e a sobrinha distante de Carol, a capitã Monica Rambeau. Juntas, esse trio improvável deve se unir e aprender a trabalhar em conjunto para salvar o universo como As Marvels”.
Sob a direção de Nia DaCosta e roteiro de Megan McDonnell, As Marvels tinha tudo para ser um sucesso. No entanto, diversos fatores contribuíram para o seu inesperado fracasso.
Será que o público está cansado de super-heróis?
A indústria do cinema viu uma saturação de filmes de super-heróis nos últimos anos, levantando questões sobre uma possível fadiga do público.
Desde o estrondoso sucesso de Vingadores: Ultimato, a Marvel Studios tem enfrentado desafios para replicar tais feitos, com nenhum filme superando a marca de US$ 1 bilhão desde Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa em 2021.
Bob Iger, CEO da Disney, refletiu sobre os desafios enfrentados por As Marvels, negando que a greve dos atores ou a falta de publicidade fossem os culpados.
Em vez disso, atribuiu o fracasso à dificuldade de manter a qualidade diante da vasta quantidade de conteúdo sendo produzido.
Durante o NYT DealBook Summit 2023, Iger mencionou: “As Marvels foi filmado durante a Covid e não houve supervisão suficiente no set“ por parte dos executivos.
Ademais, a recepção crítica morna de lançamentos recentes da Marvel tem abalado a confiança do público.
Com As Marvels conquistando apenas 61% de aprovação no Rotten Tomatoes (e outros títulos como Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania e Invasão Secreta apresentando resultados ainda mais baixos), fica claro que a estratégia da Marvel pode necessitar de uma revisão.
O que acontece em As Marvels?
As Marvels, agora no Disney+, traz uma aventura estelar com Brie Larson, Teyonah Parris, e Iman Vellani.
Essa sequência do aclamado Capitã Marvel (2019) reúne um trio dinâmico de heroínas – Capitã Marvel, Ms. Marvel e Monica Rambeau – para enfrentar uma ameaça cósmica avassaladora.
O palco para essa saga é o colapso ambiental do planeta natal Kree, desencadeado por Carol Danvers, nossa Capitã Marvel, após derrotar a Inteligência Suprema.
Décadas depois, Dar-Benn, a nova antagonista Kree, mira sua vingança contra Danvers, prometendo um confronto que pode alterar o destino do universo.
Uma anomalia espacial une os destinos e os poderes de Danvers, Monica Rambeau e Kamala Khan, forçando-as a unir forças contra a tirania de Dar-Benn.
A direção de Nia DaCosta, complementada por um roteiro coletivo que inclui Megan McDonnell e Zeb Wells, molda As Marvels em uma narrativa vibrante de heroísmo feminino.
Posicionado como o 33º filme do UCM, As Marvels se situa na Fase Cinco, um capítulo que promete redefinir as fronteiras do universo compartilhado até 2025.
Sucedendo diretamente os eventos de Ms. Marvel e Invasão Secreta, este filme tece uma continuidade rica e detalhada, enraizada na mitologia Marvel dos anos 90.
O filme traz as performances de Larson, Parris e Vellani, e também se destaca pela participação de Samuel L. Jackson como Nick Fury e Zawe Ashton em um papel vilanesco.
Completam o elenco nomes como Gary Lewis, Seo-Jun Park e Zenobia Shroff, entre outros.
Apesar de uma recepção mista, com pontuações que variam entre medianas e positivas em plataformas como IMDb e Rotten Tomatoes, As Marvels tem sido reconhecido pelo seu humor e pela química entre as protagonistas.
Críticas apontam para uma trama por vezes confusa, mas o filme recebe elogios por seu entretenimento e dinâmica.
Como destacado por Helen O’Hara, da revista Empire, o filme “pode não ter o mesmo impacto avassalador de um Ultimato”, mas é aplaudido por seu retorno à forma mais ágil e divertida do UCM.
Contrariamente, Barry Hertz, do New York Times, questiona o compromisso da Marvel com a qualidade de seus filmes, destacando uma crítica mais severa ao aspecto corporativo da produção.
As Marvels é, sem dúvida, uma adição intrigante ao UCM, prometendo ação, aventura e um novo olhar sobre as heroínas.
Agora disponível no Disney+, resta ver se As Marvels conseguirá reverter essa maré de sorte e ganhar o coração dos espectadores na plataforma de streaming.
Assista ao trailer de As Marvels:
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