O Snapchat , lançado em 2011 pela Snap Inc., revolucionou a maneira como as pessoas interagiam por meio de fotos e vídeos. A proposta inovadora de mídias de visualização única – os famosos “snaps” – fez a plataforma ganhar popularidade rapidamente, principalmente no Brasil.
Mas o que aconteceu com o app ao longo dos anos? Ele ainda tem relevância nos dias de hoje?
A ascensão do Snapchat
O Snapchat nasceu em um momento em que as redes sociais permitiam apenas o compartilhamento de fotos e vídeos fixos, que poderiam ser vistos à vontade. A ideia do app era exatamente o oposto: permitir o envio de fotos e vídeos que desapareciam após a visualização, com o adicional de avisar quem tirou print do conteúdo.
O que poderia ser visto uma única vez criou uma sensação de exclusividade e espontaneidade, tornando o aplicativo muito popular entre os jovens.
Com o tempo, o Snapchat lançou os Stories , uma nova funcionalidade onde o conteúdo compartilhado ficava disponível por 24 horas, mas com a mesma proposta de privacidade — avisando quando alguém tirava print da tela.
Em 2014, o aplicativo já contava com impressionantes 46 milhões de usuários ativos diários. Hoje, esse número saltou para 432 milhões de usuários ativos. O crescimento da plataforma, aliás, chamou a atenção de gigantes do mercado.
Em 2013, o Facebook tentou comprar o Snapchat por US$ 3 bilhões, e, em 2016, foi uma vez que o Google ofereceu US$ 30 bilhões. Ambas as ofertas foram recusadas, e o Snapchat seguiu seu caminho de independência.
A independência e o IPO de 2017
Em 2017, a Snap Inc. deu um grande passo para consolidar sua autonomia e abriu o capital com a oferta pública inicial (IPO) . Desde então, a empresa tem registrado crescimento consistente, alcançando US$ 4,6 bilhões de receita em 2023.
Esse sucesso se reflete na capacidade do Snapchat de se adaptar e inovar com o tempo, oferecendo novos recursos, como “Melhores Amigos”, que mostrava com quem o usuário mais interação, e funções de localização, para mostrar onde os amigos estavam tirando fotos.
Snapchat no Brasil: O fim ou uma nova fase?
Apesar de sua grande popularidade internacional, o Snapchat não conseguiu manter a mesma relevância no Brasil. A plataforma teve seu auge entre 2016 e 2017, mas perdeu espaço para o Instagram, que lançou a função Stories, um recurso que compete diretamente com o que o Snapchat já oferece. Com o tempo, outras redes sociais também adotaram esse formato , fazendo com que o Snapchat perdesse um público significativo no país.
No entanto, o aplicativo não está ausente por completo. Em 2023 , o Brasil ainda ocupa a 18ª posição entre os países com mais usuários do Snapchat, com cerca de 6,62 milhões de pessoas utilizando a plataforma. Mas os líderes dessa lista hoje são Índia (202,5 milhões de usuários), Estados Unidos (106,7 milhões) e Paquistão (31,9 milhões), segundo dados do Statista .
O futuro do Snapchat
Embora o Snapchat tenha sido ofuscado por outras redes sociais, especialmente no Brasil, ele continua a ser uma plataforma importante no exterior.
Com uma base de usuários fiéis e recursos inovadores, o aplicativo segue evoluindo e mantém uma posição sólida no mercado global. Seu modelo de privacidade, com fotos e vídeos que desaparecem, segue atraindo aqueles que buscam uma forma mais autêntica e privada de se comunicar.
No final das contas, o Snapchat não morreu, mas precisou se reinventar para não ser engolido por outras plataformas. Ainda que seu brilho tenha diminuído no Brasil, o app segue vivo e relevante, com um número crescente de usuários em outros países.
Fonte: TecMundo
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