Já com o título de “filme mais polêmico do ano”, o aguardado Som da Liberdade, conhecido internacionalmente como Sound of Freedom, chegou às telonas do Brasil hoje, dia 21 de setembro.
Este longa-metragem, que já fez história nos Estados Unidos, traz à tona não apenas sua trama, mas também um turbilhão de polêmicas.
Baseado em eventos reais, o filme narra a impressionante missão de Tim Ballard (interpretado por Jim Caviezel, o famoso ator de A Paixão de Cristo), um agente federal determinado a resgatar crianças vítimas do abominável tráfico humano na Colômbia.
Para alcançar esse objetivo, Ballard se aventura corajosamente pelas selvas colombianas em busca dos cativeiros onde centenas de meninos e meninas sofrem.
Sob a direção de Alejandro Monteverde, Som da Liberdade conta com a notável participação de Mira Sorvino (de American Crime Story) e Bill Camp (destaque em O Gambito da Rainha). A distribuição do filme no Brasil está sob a responsabilidade da Paris Filmes, trazendo essa comovente história às telas nacionais.
Apesar do sucesso nas bilheteiras e da aprovação do público, Som da Liberdade tem gerado divisões entre os críticos de cinema. As opiniões divergem amplamente, criando um cenário onde o filme é tanto celebrado quanto questionado.
Polêmicas de Som da Liberdade
No entanto, a chegada deste filme não ocorre sem uma série de controvérsias que o envolvem.
Lançado originalmente nos Estados Unidos em 4 de julho de 2023, Som da Liberdade rapidamente se destacou como uma alternativa à oferta cinematográfica mais convencional, representada por filmes como Barbie e Oppenheimer.
Mesmo diante desses concorrentes de peso, o longa-metragem conseguiu arrecadar uma impressionante quantia de mais de US$ 200 milhões nas bilheteiras, conquistando a aprovação de 99% do público no site Rotten Tomatoes.
O filme também chamou a atenção do público mais conservador nos Estados Unidos, com o ex-presidente Donald Trump usando suas redes sociais para promovê-lo.
No entanto, as estatísticas de sucesso de bilheteira de Som da Liberdade têm sido objeto de debates e contestações na mídia. Surgiram alegações de que a distribuidora Angel Studio teria inflado os números ao adquirir ingressos e permitir a exibição do filme em salas de cinema com baixa ocupação.
Outro ponto de discórdia em torno do filme é a acusação de promover teorias de conspiração associadas ao movimento QAnon, um grupo de extrema-direita que acredita em uma rede de tráfico de crianças supostamente gerenciada por políticos progressistas nos Estados Unidos.
Recentemente, o filme voltou a ser destaque na mídia norte-americana devido às alegações de má conduta sexual envolvendo Tim Ballard, o ex-agente da vida real que inspirou o herói da trama.
Ballard deixou a organização anti-tráfico humano Operation Underground Railroad (O.U.R) em junho de 2023, enfrentando acusações de má conduta sexual feitas por várias mulheres da organização. Além disso, há alegações de que as operações do grupo foram exageradas e distorcem o verdadeiro trabalho realizado.
Em resposta às acusações, a O.U.R. divulgou uma declaração à revista Vice, afirmando que Ballard renunciou ao cargo de CEO e enfatizando seu compromisso na luta contra o abuso sexual, reforçando que tal comportamento não é tolerado.
“Há alegações conduzidas pela mídia contra ele, e tomamos a decisão por suspender o julgamento dessa questão até que os fatos e as verdades sejam revelados. Ficamos sabendo do caso há poucos dias, então não vamos julgá-lo tão rapidamente“, declarou Jeffrey Horman, cofundadora da produtora Angel Studios.
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