A história de Joan Hannington, uma das criminosas mais ousadas da Inglaterra dos anos 1980, chega à tela com uma adaptação de peso. Joan, a nova série da Universal TV, que estreou no dia 6 de dezembro, tem a atriz Sophie Turner no papel de protagonista.
A trama gira em torno de uma mulher que fez fama como “madrinha do crime” ao roubar joias e pedras preciosas, às vezes de maneira bizarra, como engolindo diamantes e recuperando-os mais tarde de formas inusitadas.
Joan Hannington
A história real de Joan Hannington é cheia de altos e baixos. Ela se destacou por sua audácia, mas também por sua vulnerabilidade. Mesmo com um passado marcado por um trauma profundo, Joan construiu uma carreira no mundo do crime e ainda se manteve como uma mãe solteira lutando por sua sobrevivência.
Sua trajetória foi contada no livro escrito pela própria Joan, o que foi dedicado à série. O conteúdo do livro chamou a atenção da criadora e diretora Anna Symon, que, após ler a obra, se encantou pela complexidade da personagem.
Em uma entrevista, Anna Symon revela o que motivou para contar essa história. “Eu fiquei tão impressionado com a história dessa mulher, que era incrivelmente ousada, cometendo crimes inacreditáveis, mas, ao mesmo tempo, muito vulnerável. Ela teve uma infância terrível que a levou a tomar decisões questionáveis, mas também parecia ter um bom coração.” Symon ainda destaca que a série é mais do que uma simples história de crime: “Ela segue sua jornada sendo mãe solteira, sem um tostão, até se tornar uma ladra de sucesso”, conta.
A verdadeira Joan no processo criativo
Para dar mais realismo à série, averdadeira Joan Hannington participou da produção. Anna Symon se lembra dos detalhes do primeiro encontro entre eles: “Eu estava muito nervosa antes de conhecer a verdadeira Joan. Nos encontramos em um café em Londres, e eu já sabia sobre seus crimes e sua prisão. Ela é uma mulher que impõe presença, às vezes impulsiva, mas também muito defensiva. Quando nos conversamos, ela disse: ‘Não preciso contar essa história, a menos que você conte tudo o que aconteceu na minha infância’.”
Esse pedido de Joan tornou-se crucial para a criação de uma personagem mais profunda e humanizada. “Ela não é uma vilã. É uma mulher muito complexa, com um passado doloroso que ajudou a formar quem ela se tornou”, explica Symon.
Sophie Turner: a atriz perfeita para o papel
A atriz Sophie Turner, conhecida por seu papel em Game of Thrones, foi escolhida para interpretar a ladra. Segundo Anna Symon, Sophie foi um pilar fundamental para o sucesso da série. “Sophie foi fantástica. Ela é uma atriz brilhante e sempre profissional, nunca esqueceu suas falas e se entregou completamente ao papel. Ela estava em quase todas as cenas e, por vezes, parecia mais um membro da equipe do que uma atriz.”
A atriz teve de lidar com cenas em que alternava entre ser uma mãe oprimida e, em outros momentos, encarnar uma personagem americana, o que se mostrou um grande desafio. “Ela fez um trabalho incrível”, complementa Symon.
A luta feminina no crime
O que mais fascina Anna Symon na história de Joan é o fato de que ela desafiou as normas de sua época. “Na década de 1980, as mulheres tinham que lutar muito para serem levadas a sério. No mundo do crime, não era diferente. Todos a subestimavam por ela ser mulher”, comenta a diretora.
Joan se destacou justamente por desafiar as expectativas e se tornar uma figura conhecida e respeitada no submundo do crime, onde poucas mulheres se aventuravam.
Com uma narrativa repleta de ação e emoção, a série Joan promete conquistar os espectadores e trazer uma visão inédita sobre a vida de uma das criminosas mais controversas da história recente da Inglaterra.
Fonte: Veja
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