Alerta de spoilers da quinta temporada de Stranger Things!!!
A primeira parte da temporada final de Stranger Things já disponível na Netflix, trouxe novos desdobramentos envolvendo Will Byers, personagem que havia perdido espaço na narrativa desde os eventos da segunda temporada. Os quatro episódios iniciais reacendem seu papel central na trama e revelam que sua conexão com o Mundo Invertido está longe de ter acabado.
Desde o final do quarto ano, ficou evidente que Will ainda mantinha um elo sensorial com a dimensão sombria. O desconforto identificado pelo arrepio na nuca — descrito no original como uma espécie de “sentido-aranha” — retorna assim que ele volta a Hawkins, onde o Mundo Invertido começa a interferir novamente no mundo real.
Na nova temporada, essa conexão evolui e Will passa a acessar, sem intenção, a visão de criaturas da outra dimensão. Ele enxerga através de demogorgons e até mesmo de Vecna, algo que já havia ocorrido na segunda temporada, mas agora de forma mais intensa.
Poderes inéditos de Will surgem na trama
Um dos pontos centrais da temporada é o fortalecimento das habilidades de Will. Além de ver pelos olhos de monstros, ele também sente dor física quando as criaturas sofrem danos, reforçando a ideia de uma ligação de mente coletiva. Esse fenômeno já tinha sido explorado em temporadas anteriores, mas se torna mais perigoso agora.
Em determinado momento, Robin sugere que Will funcione como uma espécie de antena capaz de identificar alvos de Vecna. A hipótese se confirma quando o grupo consegue prever ataques do vilão. No entanto, a estratégia acaba descoberta, levando Vecna a confrontar diretamente Will após uma batalha que envolve militares e demogorgons.
Mesmo sofrendo com a conexão, Will sobrevive ao encontro. O vilão o poupa, insinuando que ele tem um papel especial em seus planos — diferente de outras vítimas, como Holly Wheeler e Derek.
A reviravolta ocorre quando demogorgons são enviados para matar Mike, Lucas e Robin, cada um em um local distinto. Desesperado, Will lembra-se do discurso de Robin sobre libertar-se da opinião dos outros para encontrar amor e paz interior. A reflexão permite que ele acesse novas habilidades e destrua os demogorgons usando telecinese e telepatia, marcando sua transformação mais significativa até agora.
Metáfora sobre identidade e aceitação
A temporada também aprofunda elementos que acompanham Will desde o início da série. Seu medo constante, seu isolamento emocional e os traumas do Mundo Invertido funcionam como alegorias para sua tentativa de aceitar sua identidade sexual na década de 1980.
A narrativa relembra momentos de temporadas anteriores, como quando Mike declarou: “Não é minha culpa se você não gosta de garotas”. A fala o deixou sem reação e ajudou a consolidar, ao longo dos anos, a interpretação de que Will é gay. O ator Noah Schnapp também confirmou publicamente que o personagem é homossexual.
Na nova temporada, Will tenta reconciliar seus sentimentos por Mike com o medo de rejeição. Ele observa em Robin um exemplo de coragem, mas teme ser aberto quanto aos seus sentimentos quando sabe que o amigo não corresponde.
Final pode não ser feliz para Will
A revelação de seus novos poderes aponta para uma possível consequência trágica. Como sua ligação com Vecna parece ter se intensificado, cresce a teoria de que matar o vilão pode implicar sua própria morte, semelhante à conexão entre Harry Potter e Voldemort.
Embora o grupo já tenha separado a influência do Devorador de Mentes do corpo de Will no passado, há indicações de que esse recurso não será repetido. A narrativa parece conduzir Will à possibilidade de sacrifício, dando a ele a chance de se tornar o herói que sempre desejou ser.
A morte do personagem traria repercussões emocionais para Joyce, Jonathan, Mike, Dustin e Lucas, ao mesmo tempo em que simbolizaria o fim de um ciclo para o grupo original.
A Parte 1 da 5ª temporada de Stranger Things já está disponível na Netflix. O Volume 2 estreia em 25 de dezembro, e o episódio final da série será lançado em 31 de dezembro.
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