Alerta de Spoiler: O texto a seguir contém informações cruciais sobre o Volume 2 da 5ª temporada de ‘Stranger Things’.
Desde que ‘Stranger Things’ estreou na Netflix, a trajetória de Will Byers (vivido por Noah Schnapp) foi definida por um sentimento constante de diferença e isolamento.
Enquanto o grupo de amigos de Hawkins vivia os primeiros amores e enfrentava ameaças sobrenaturais, Will lutava não apenas contra os traumas do Mundo Invertido, mas contra uma solidão interna.
As teorias dos fãs sobre a orientação sexual do personagem ganharam força ao longo dos anos, impulsionadas por conflitos com Mike na 3ª temporada e o choro silencioso no quarto ano da série.
Finalmente, na conclusão da saga, o mistério se resolve. No Episódio 7 da 5ª temporada, batizado de ‘A Ponte’, Will protagoniza um dos momentos mais aguardados da trama: ele confessa aos amigos que não sente atração por garotas.
Em uma entrevista reveladora para a Variety, Noah Schnapp comentou sobre os bastidores dessa gravação intensa, o suporte incondicional dos colegas e o fim de uma era de 10 anos.
A leitura do roteiro: “Eu estava em lágrimas”
A sequência, que acontece no penúltimo episódio da série, é um monólogo tocante que finaliza o arco de autoaceitação de Will.
Ao contrário das temporadas passadas, onde era visto como vítima, neste quinto ano ele emerge como um herói, demonstrando até poderes sobrenaturais inéditos.
Schnapp relatou que a ansiedade tomou conta durante as filmagens, levando-o a questionar repetidamente os criadores, Matt e Ross Duffer, sobre quando o momento aconteceria.
Vocês sabem que está chegando. Nesta temporada, lemos os seis primeiros episódios juntos, e eu fiquei tipo ‘OK, ainda não aconteceu, então vai ser no Episódio 7 ou 8’, que ainda não tinham sido escritos. […] Eventualmente, eles disseram que tinham [o roteiro], e eu li no final do ano, em agosto ou setembro. E eu estava apenas em lágrimas. Foi perfeito.
Bastidores intensos: 12 horas de filmagem e mentoria
Capturar a emoção necessária para a cena foi um desafio técnico e mental. O ator explicou que a diária de gravação foi extenuante, ultrapassando 12 horas, além de exigir refilmagens posteriores.
Para dominar o longo monólogo, Schnapp recorreu à experiência de Maya Hawke (Robin).
A Maya fala como uma louca, então perguntei: ‘Como você aprende todas essas falas e não pensa nisso na cena?’ Ela disse: ‘Não é sobre o quão bem você sabe, é há quanto tempo você sabe, então apenas se prepare meses antes’. Então, eu passava o texto de manhã e à noite todos os dias durante meses antes de filmar, mas não preparava como dizer ou como sentir.
No set, o clima foi de acolhimento total. Schnapp ressaltou o companheirismo de estrelas como Winona Ryder e os outros jovens do elenco, que permaneceram presentes para dar suporte emocional, mesmo fora de quadro.
Eles estavam me apoiando em todos esses ângulos onde nem sequer eram capturados pela câmera. Eles poderiam ter ido sentar no Video Village ou passado o tempo, mas todos ficaram sentados em seus lugares durante o dia todo. Foi realmente especial.
A escolha das palavras: O peso do contexto dos anos 80
Um ponto crucial do roteiro é a seleção vocabular. Will afirma “Eu não gosto de garotas”, evitando o uso direto da palavra “gay”.
Segundo o ator, essa foi uma escolha deliberada discutida com os irmãos Duffer para refletir a realidade social da década de 1980.
Temos que lembrar que são os anos 1980. Quando eu me assumi, não disse a palavra ‘gay’. É difícil, e parece assustador dizer isso. Nos anos 80, não consigo imaginar o quanto mais pressão existia e o quanto mais havia a perder. Quando Will está aceitando isso pela primeira vez na frente de seus amigos, ele provavelmente está com medo de usar essa palavra, mas não há nada de errado com isso.
O adeus a Hawkins e a conexão com Winona Ryder
Além da importância narrativa, a temporada final serviu para reafirmar os laços entre os atores. Schnapp confessou a dificuldade da despedida, citando especificamente Winona Ryder, com quem retomou a dinâmica intensa de mãe e filho, algo que havia ficado em segundo plano nas temporadas anteriores.
Eu não esperava ter tanta dificuldade em deixá-la ir naquele último dia. Eu não queria deixá-la ir, e percebi que ela realmente se tornou essa figura materna para mim no trabalho durante esses 10 anos.
Com a 5ª temporada já disponível no catálogo da Netflix, o público pode conferir o desfecho da jornada de Will, que transita de um garoto assustado para um jovem assertivo e autêntico.



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