Superman pode ir pra Marvel?! Entenda o que está rolando com o herói mais famoso do mundo

Cheyna Corrêa (Texto: Peter Jordan)

O novo Superman explodiu nas bilheterias, e James Gunn já correu pra anunciar a continuação — que chega em 2027, só dois anos depois do primeiro filme. Mas pra que tanta pressa, hein? Será empolgação… ou medo da DC de perder o Superman? Pois é, existe um risco real do herói mais icônico dos quadrinhos cair em domínio público. E, acredite, tem gente da Marvel de olho nele.

Superman na Marvel? Parece loucura, mas é possível

Antes de surtar com essa ideia — imagina o Superman dividindo tela com o Capitão América! — vale entender o que está em jogo. Nos Estados Unidos, os direitos autorais de qualquer obra duram 98 anos. Depois disso, o personagem entra em domínio público. Foi o que aconteceu recentemente com o Mickey Mouse, o Popeye, o Ursinho Pooh e até o Bambi.

E o Superman, criado em 1938, entra nessa lista em 2036. Isso significa que, a partir desse ano, qualquer pessoa vai poder usar a versão original do personagem, sem precisar pedir permissão para DC. A versão inicial, vale lembrar, era bem diferente: um Superman que não voava, apenas saltava sobre prédios, e usava um uniforme simples, com um “S” bem diferente do que conhecemos hoje.

Marvel está de olho no Homem de Aço

Pode parecer teoria da conspiração, mas tem peso nisso. O lendário Rob Liefeld, criador do Deadpool, já revelou que está preparando uma HQ do Superman — e só está esperando 2036 chegar para poder lançar sem medo de processo.

E o burburinho aumentou quando Tom Brevoort, editor-chefe da Marvel Comics, comentou que um dia o Superman poderia sim aparecer na Marvel. “Nunca se sabe”, disse ele. Isso acendeu o alerta na DC. Afinal, se a Marvel resolver brincar com o domínio público, nada impede que eles façam uma versão alternativa do herói.

Claro que é improvável a Marvel investir pesado num personagem que todo mundo pode usar, porque isso não dá lucro com produtos licenciados. Se qualquer editora puder imprimir o Superman, a exclusividade vai pro espaço. Ainda assim, o símbolo do personagem é tão forte que qualquer movimento envolvendo ele pode chacoalhar o mercado.

O que realmente vai cair em domínio público

Calma, a DC não vai perder o Superman atual de Henry Cavill (ou de David Corenswet). O que expira é a versão de 1938, a dos quadrinhos clássicos de Jerry Siegel e Joe Shuster. Essa versão é o que ficará disponível para todo mundo, sem o design moderno, sem o voo, sem Metrópolis, sem Lois Lane como conhecemos, e sem os vilões atualizados.

Mas pense nisso: bastaria uma editora indie — ou até um estúdio de cinema de terror — pegar o Superman clássico e transformar em algo completamente diferente. Já existem filmes de terror com o Mickey, o Pooh e o Bambi, e todos eles surgiram depois do domínio público. Quem garante que não vai aparecer um Superman sombrio e psicótico nos próximos anos?

A DC tem razão pra correr

Talvez essa pressa em lançar a sequência de Superman em 2027 não seja só empolgação. Pode ser também uma estratégia da DC para reforçar o herói como propriedade registrada, com novas versões, novos designs e novas histórias — coisas que o domínio público não alcança.

De um jeito ou de outro, 2036 promete ser um ano histórico pros quadrinhos. E se a Marvel quiser brincar com a ideia de um Superman à moda da casa… bom, ninguém vai poder impedir.

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