The Witcher, da Netflix, foi um grande sucesso, mas a série recebeu críticas por ter supostamente alterado a raça de alguns personagens e povos.
Andrzej Sapkowski, autor dos livros que deram origem aos games e à série, falou sobre essas críticas e garantiu que elas são infundadas, fazendo questão de frisar a liberdade criativa dos produtores, bem como o fato de que isso não é tão importante.
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Em entrevista ao Wyborcza, Sapkowski comentou sobre a reclamação dos fãs, principalmente em relação aos nilfgaardianos e aos povos do norte, que possuem alguns personagens negros.
“Até onde eu me lembro, cor de pele não é discutida em detalhes nos meus livros, então, quem estiver adaptando pode mostrar seu trabalho livremente, tudo é possível e tudo é permitido, é assim que poderia ter sido, no final. Eles fizeram meus zerrikanianos loiros com cabelo escuro na HQ, porque o artista tinha sua liberdade artística”, disse o escritor.
Ele ainda usou um exemplo dentro da própria Netflix para mostrar como essas reclamações são irrelevantes.
“Em Tróia: A Queda de uma Cidade, da Netflix, Aquiles é interpretado por um ator negro. Aquiles era, como sabemos, o filho do rei Peleus da Tessália e da nereida Tétis. A série parece questionar esse ‘como sabemos’ e sugere uma interferência Núbia. E isso é o que pode ter acontecido também, depois de tudo”, disse.
Sobre a série The Witcher
A série The Witcher, produzida pela Netflix, tem Henry Cavill, o Superman dos filmes da DC, como protagonista. O seriado tem inspiração em contos do polonês Andrzej Sapkowski, que também gerou uma bem sucedida franquia de jogos de videogame.
A produção foi gravada no leste europeu, sendo a maior parte dos cenários na Polônia, e a produção ficou por conta de Sean Daniel e Jason Brown. A trama narra a história de Geralt de Rivia, um bruxo que caça monstros em troca de recompensas.
O segundo ano de The Witcher foi confirmada antes mesmo da estreia do primeiro. Envolvidos com a produção dizem que a ideia é fazer sete temporadas ao todo.
Leia a sinopse oficial:
“Baseado no best-seller de fantasia, The Witcher é um conto épico sobre destino e família. Geralt de Rivia é um caçador de monstros solitário que luta para encontrar seu lugar em um mundo onde as pessoas são mais perversas do que as criaturas que ele caça. Quando o destino leva Geralt a uma poderosa feiticeira, e a uma jovem princesa com um segredo perigoso, os três devem aprender a navegar juntos pelo crescente e volátil Continente.”
Confira o trailer:
O elenco conta, ainda, com Anya Chalotra (The ABC Murders, Wanderlust) como Yennefer e Freya Allan (A Guerra dos Mundos, Into The Badlands) como Ciri, Jodhi May (Game of Thrones, Genius) como Calanthe, Björn Hlynur Haraldsson (Fortitude) como Eist, Adam Levy (Knightfall, Snatch) como Mousesack, MyAnna Buring (Ripper Street, Kill List) como Tissaia, Mimi Ndiweni (Black Earth Rising) como Fringilla, Therica Wilson-Read (Profile) como Sabrina, Emma Appleton (The End of The F**king World) como Renfri, Eamon Farren (The ABC Murders, Twin Peaks) como Cahir, Joey Batey (Knightfall, Strike) como Jaskier, Lars Mikkelsen (House of Cards, Sherlock) como Stregobor, Royce Pierreson (Wanderlust, Judy) como Istredd, Maciej Musiał (1983) como Sir Lazlo, Wilson Radjou-Pujalte (Jamillah & Aladdin, Dickensian) como Dara e Anna Shaffer (Harry Potter) como Triss.
Os contos do polonês já foram inspiração para uma série televisiva, sem grande expressão internacional. Em 2007, foi lançado o jogo de videogame The Witcher pela CD Projekt RED, que ganhou diversas sequências – esse sim, um sucesso mundial.
The Witcher já está disponível na Netflix.
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