O anúncio de “Vingadores: Doomsday” trouxe uma das maiores reviravoltas da história da Marvel Studios: Robert Downey Jr., o rosto do herói que iniciou o UCM, retornará como o vilão Doutor Destino.
Embora a explicação mais simples seja a de uma variante maligna, uma análise aprofundada das regras estabelecidas em Loki e Doutor Estranho sugere algo muito mais complexo.
Existe uma forte possibilidade de que Tony Stark sempre tenha sido a versão do Doutor Destino no Universo 616, e que a ausência do vilão até agora seja explicada por conceitos fundamentais de mecânica temporal e entidades cósmicas conhecidas como “Seres Nexus”.
Abaixo, detalhamos como o Multiverso realmente funciona após a queda da TVA e como isso pavimenta o caminho para essa revelação.
A Nova Mecânica Temporal: Do “Sagrado” ao Multiverso Natural

Para compreender a ligação entre Stark e Doom, é crucial revisitar como o tempo e a realidade operam na Marvel, especialmente após as contradições aparentes entre Vingadores: Ultimato e a série Loki.
1. A Ilusão da Linearidade

Inicialmente, foi estabelecido que viajar ao passado não altera o futuro, apenas cria ramificações. No entanto, a série Loki revelou que a Linha do Tempo Sagrada era uma construção artificial, moldada por “Aquele Que Permanece” para isolar uma realidade onde suas variantes (os Kangs) não existissem.
A TVA (Autoridade de Variância Temporal) existia não para punir viajantes do tempo, mas para “podar” qualquer ramificação que fugisse desse roteiro pré-determinado.
2. O Multiverso como Estado Natural

Com a morte de “Aquele Que Permanece” e o colapso do Tear Temporal na segunda temporada de Loki, o Multiverso retornou ao seu estado natural. Diferente do que se pensava, as ramificações não precisam de bilhões de anos para crescer.
Na perspectiva atemporal (fora da TVA), o passado, presente e futuro acontecem simultaneamente — como um rolo de filme esticado onde todas as cenas já existem.
Quando os Vingadores viajaram no tempo em Ultimato, eles criaram, de fato, universos inteiros. Antes, essas realidades eram apagadas pela TVA.
Agora, elas florescem e coexistem, permitindo que variantes interajam através do Reino Quântico, que atua como uma ponte entre o Universo 616 e as infinitas possibilidades multiversais.
3. A Desmistificação das Joias do Infinito

Um ponto crucial para esta teoria é a reinterpretação do papel das Joias do Infinito. A Anciã alertou que a remoção das joias condenaria uma realidade à escuridão.
Porém, no cânone atual, as jóias não são pilares estruturais absolutos da realidade — se fossem, o Universo 616 teria colapsado quando Thanos destruiu as joias daquela linha do tempo.
A existência da TVA prova que a proteção da realidade é uma questão de gerenciamento de linhas temporais, e não de dependência mística das pedras.
O Conceito de “Ser Nexus” e a Ausência de Doom

Com o Multiverso estabelecido como uma teia infinita de realidades, surge a pergunta: onde estava o Doutor Destino durante todos os eventos do UCM? A resposta pode residir no conceito de Ser Nexus.
Nas histórias em quadrinhos, um Ser Nexus é uma entidade rara que existe em todas as realidades simultaneamente, servindo como uma âncora para o Multiverso.
Suas ações afetam o fluxo temporal de maneira drástica, sendo frequentemente monitorados por forças cósmicas.
A teoria propõe que Victor Von Doom é um Ser Nexus. No entanto, para que um Ser Nexus exista em todas as realidades, ele precisa ter uma contraparte no Universo 616.
- No Multiverso vasto, essa entidade geralmente assume a identidade de Victor Von Doom, o ditador da Latvéria.
- No Universo 616 (a antiga Linha do Tempo Sagrada), a “variante” desse Ser Nexus não trilhou o caminho da magia e da tirania, mas sim da tecnologia e do heroísmo. No nosso universo, o Ser Nexus é Tony Stark.
Isso explicaria por que nunca vimos um Victor Von Doom clássico no UCM: o “espaço” cósmico reservado para essa entidade já estava ocupado por Tony Stark.
Stark seria, essencialmente, um “reboot” do Destino moldado para ser um herói dentro da Linha do Tempo Sagrada.
A Adoção de Tony Stark: A Brecha Canônica

Existe um precedente nos quadrinhos que a Marvel Studios pode adaptar: Tony Stark é adotado. Nas HQs, o verdadeiro filho biológico de Howard e Maria Stark é Arno Stark.
No cinema, Howard menciona a gravidez de Maria, mas o destino dessa criança nunca foi confirmado em tela.
É plausível que o bebê biológico tenha falecido ou sido escondido, levando os Stark a adotarem Tony.
Se Tony for adotado, sua linhagem genética é desconhecida. Isso abre a possibilidade de ele pertencer, biologicamente, à mesma linhagem que gera Victor Von Doom em outros universos, validando a conexão entre os dois personagens sem quebrar a continuidade estabelecida.
O Despertar de Doomsday: Sonhos e Incursões

Se Tony Stark e Doutor Destino são variantes da mesma entidade Nexus, a morte de Stark em “Vingadores: Ultimato” pode ter sido o catalisador para os eventos de Doomsday.
Conforme explicado em “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, os sonhos são visões de nossas variantes em outros universos.
Um Victor Von Doom no multiverso pode ter começado a ter “pesadelos” constantes com a morte de Tony Stark e o massacre de outras variantes suas pelas mãos do Conselho de Kangs.
Sabendo que os Kangs estão eliminando ameaças multiversais para consolidar poder, o Doutor Destino — munido do conhecimento de suas variantes mortas (incluindo a genialidade tecnológica de Stark) — decide agir. Ele não busca apenas sobreviver, mas dominar.
Assim, “Vingadores: Doomsday” não seria apenas sobre um vilão aleatório, mas sobre uma entidade que sentiu a perda de sua contraparte heroica (Stark) e decidiu que a única forma de salvar o multiverso do caos é governá-lo com mão de ferro.
Confira nosso vídeo sobre essa teoria abaixo:


![Tony Stark sempre foi o Doutor Destino no UCM e você não percebeu [TEORIA]](https://www.einerd.com/wp-content/uploads/2025/12/Gemini_Generated_Image_aviuqiaviuqiaviu.jpg)


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