Treta nível Deadpool: Rob Liefeld rompe com a Marvel e detona Kevin Feige!

Cheyna Corrêa (Texto: Peter Jordan)

Babado, confusão e gritaria! É a história do Deadpool? É sim — mas dessa vez o caos veio da vida real. O criador do Deadpool, Rob Liefeld, rompeu com a Marvel e saiu xingando todo mundo, inclusive o todo-poderoso Kevin Feige. O desenhista e roteirista, conhecido por seu temperamento explosivo, anunciou que não quer ver a cara da Marvel nem pintada de ouro. O motivo? Falta de respeito e reconhecimento pelo personagem que ele criou.

A treta que começou nos quadrinhos

Rob Liefeld criou o Deadpool em 1991, nos quadrinhos dos Novos Mutantes, ao lado de Fabian Nicieza. O personagem nasceu como uma paródia de Slade Wilson (o Exterminador da DC), mas acabou virando um fenômeno cultural — e também um símbolo da personalidade ousada do próprio Liefeld. Ao longo da carreira, ele colecionou polêmicas, brigas e um histórico de saídas conturbadas.

Ele começou na Marvel no fim dos anos 80, saiu em 1992 para fundar a Image Comics, brigou por direitos autorais, foi demitido da própria empresa em 1997 e, anos depois, retornou à Marvel. Ou seja, Rob Liefeld é praticamente o Deadpool dos bastidores dos quadrinhos: caótico, imprevisível e impossível de ignorar.

O e-mail ignorado e o climão no tapete vermelho

A confusão atual começou em junho do ano passado. Rob Liefeld enviou um e-mail para a Marvel pedindo apenas uma coisa: participar da divulgação de “Deadpool & Wolverine” e ter o nome dele e de Fabian Nicieza devidamente creditados como criadores do personagem. Ele não pediu dinheiro, só reconhecimento.

A resposta da Marvel? Nenhuma. Liefeld foi ignorado. Segundo ele, isso gerou um desconforto geral nos bastidores — e quando o convite para o set de filmagens chegou, o tratamento foi completamente diferente do que ele recebia na época da Fox.

Durante o lançamento do filme, ele afirmou que foi esquecido até da festa pós-estreia, que suas fotos com o elenco e os produtores foram apagadas pela Disney, e que Kevin Feige simplesmente passou por ele no tapete vermelho sem dizer uma palavra.

No próprio podcast, Liefeld detonou:

“Kevin Feige não trata bem os criadores de histórias em quadrinhos. Essa é minha experiência pessoal.”

Ele ainda comparou Feige com James Gunn, dizendo que o chefe da DC é muito mais respeitoso com os artistas originais — e que se sentiu valorizado quando visitou o set de Superman.

O fim de uma era (e uma velha ferida da Marvel)

Com isso, Rob Liefeld anunciou que está rompendo de vez com a Marvel. Ainda devem sair algumas histórias do Deadpool que ele já tinha escrito, mas ele garantiu que é o “fim da linha”. A briga reacende uma questão antiga: o conflito entre os criadores e as grandes editoras, que muitas vezes lucram bilhões com personagens sem dar crédito suficiente a quem os inventou.

Não é a primeira vez que isso acontece — basta lembrar dos criadores do Superman, Jerry Siegel e Joe Shuster, ou do próprio Jack Kirby, que enfrentou anos de disputa por reconhecimento.

No fim, o que Rob Liefeld queria era simples: respeito. E mesmo quem não é fã da arte ou das polêmicas do cara pode concordar que, sem os quadrinistas, não existiriam os filmes que a gente ama ver hoje.

Pode até ser que o Deadpool continue bombando no UCM, mas agora, sempre que o Mercenário Tagarela aparecer nas telonas, vai ficar no ar aquela pontada de ironia: o criador do personagem ficou de fora da própria festa.

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